Um estudo da Digitimes indica que as plataformas consideradas mais ‘novas’ no segmento mobile (Firefox OS, Tizen, Android One) tendem a crescer ao longo do ano de 2015. O ‘motor’ desse crescimento está nos mercados emergentes cuja população vai trocar os seus celulares mais simples por smartphones de entrada, com essas plataformas.
O Gartner revela que 38% dos telefones vendidos no terceiro trimestre de 2014 foram ‘feature phones’, e essa porcentagem deve cair para 10% em 2018. Esses modelos, que custam entre US$ 50 e US$ 100, já são canibalizados pelo Android. Mas em faixas de preço um pouco mais elevadas, as plataformas novas podem prevalecer.
O Android One parece estar muito bem posicionado, mesmo com a fria acolhida na Índia. Afinal, ninguém despreza o apoio do Google e do Android oficial logo de cara, e espera-se que empresas de peso como HTC, ASUS, Acer e Lenovo apostem nessa proposta. Sem falar na MediaTek, que se apresenta como uma alternativa econômica à Qualcomm.
O Tizen deve finalmente dar as caras, com a Samsung lançando o primeiro smartphone com esse sistema na Índia durante o primeiro trimestre de 2015. Se tudo der certo, o anúncio acontece no dia 18 de janeiro.
A ideia é a mesma dos demais concorrentes: um hardware decente com um baixo preço. Com a expertise da Samsung em software e hardware, podemos sim ter um produto decente, mas resta saber se os coreanos vão dar o devido valor à plataforma.
A Mozilla já tem 14 modelos de smartphones com Firefox OS (através de parceiros), disponíveis em 30 países, com preços que variam entre US$ 30 e US$ 300. Acordos com Huawei, TCL, ZTE e outras empresas chinesas (e operadoras), além do fabricante Spreadtrum Communications, que deve resultar em novos dispositivos ao longo de 2015.
A Microsoft tem a missão mais complicada entre os fabricantes de entrada. Os modelos de entrada com Windows Phone custam mais caro que os dispositivos dessa nova concorrência. E é irônico pensar que foi justamente o Lumia 520 quem inspirou os demais a criar soluções decentes de baixo custo.
Pode ser tarde demais para a turma de Redmond para contra-atacar. Mas vamos esperar. 2015 mal começou.
Via Digitimes