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Apple e Google suspendem as escutas humanas em assistentes digitais

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O Big Brother das gigantes de tecnologia está um pouco menor.

Apple e Google anunciaram a suspensão das escutas humanas em assistentes digitais, depois da grande polêmica gerada diante da invasão de privacidade que tal prática representa.

 

 

Apple suspende a bisbilhotada em todo o mundo…

 

A Apple suspendeu globalmente o uso das gravações de voz do Siri depois de confirmar que um grupo de funcionários escutava e qualificava as gravações do assistente. Mesmo com a desculpa que era para “melhorar o funcionamento do assistente e as respostas às ordens de voz” e que a informação compilada e analisada “não estava associada com a ID do usuário da Apple”, a notícia caiu como uma bomba, e as críticas vieram em avalanche.

A Apple confirma que “Estamos comprometidos a oferecer uma grande experiência do Siri, ao mesmo tempo que protegemos a privacidade do usuário. (…) Enquanto realizamos uma revisão exaustiva, estamos suspendendo a ‘qualificação’ do Siri a nível mundial. Além disso, como parte de uma futura atualização de software, os usuários terão a possibilidade de escolher a sua participação nesse programa”.

A resposta da Apple é apropriada para uma empresa que pretende se destacar pelo respeito à privacidade como diferencial dos seus produtos em relação à concorrência, e com um CEO que é declarado defensor da privacidade de dados, lançando críticas profundas contra empresas como Google, Amazon e Facebook.

 

 

…e Google dá um tempo nas escutas na União Europeia

 

Em movimento similar, o Google também anunciou que “voluntariamente” vai deixar de escutar e transcrever gravações do Google Assistente durante três meses na União Europeia, depois das críticas dos reguladores de dados alemães, garantindo que tais práticas são uma violação do Regulamento Europeu de Proteção de Dados.

A Amazon não anunciou mudanças no Alexa, mas admitiu que armazena dados indefinidos de todas as gravações de voz do assistente, e que grande parte dos seus sistemas de reconhecimento e aprendizagem se baseiam no respaldo de funcionários da empresa, que escutam e operam sobre as gravações dos usuários. Além disso, não seriam conversas anônimas, mas sim relacionadas ao nome e número de usuário associado às contas da Amazon.

Veremos como a Apple implementa esse consentimento informado do usuário. Impulsionar a transparência no uso de dados pessoais deve ser o ponto de partida para o cliente confiar nos assistentes digitais. Se as gravações realizadas para revisar algoritmos são questionáveis, as revisões por humanos são inaceitáveis, ainda mais sem o consentimento explícito e claro dos usuários.

 

Via TechCrunch, Daten Schultz


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