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Afinal de contas… Elon Musk está louco?

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Poucas coisas são tão excêntricas neste mundo do que um milionário com poder. E Elon Musk é o homem mais rico do mundo, e acabou de concluir a compra do Twitter, o que vai afetar a vida de, pelo menos, 300 milhões de usuários ao redor do mundo.

Incluindo a minha.

Quando você vê esse cara entrando na sede do Twitter com uma pia nas mãos e demite boa parte dos executivos mais importantes da empresa… e considerando o seu histórico de sandices e atitudes irracionais, fica a pergunta: Elon Musk está louco?

 

Ricos são excêntricos

Elon Musk é o CEO da Tesla e o fundador da Space X. Mas também é o cara que decidiu vender lança-chamas para pessoas comuns e lançou um perfume com aroma de cabelo molhado. E o que tem em comum em cada uma dessas iniciativas? Isso mesmo que você pensou: ele é podre de rico, e tem dinheiro para jogar fora em excentricidades.

Olhando para um passado não muito distante, Elon Musk era aquele ser que gastava o tempo dele (e, por tabela, o nosso) fazendo memes de mal gosto com algumas pessoas com quem ele não ia muito com a cara.

Ou seja, você pode chamar Elon Musk de louco ou de insensato. Os dois termos estão valendo.

Porém, vamos olhar para o outro lado da moeda. Aquele onde existe um coração batendo dentro daquele corpo.

Elon Musk já confirmou que possui o diagnóstico de Síndrome de Asperger, um transtorno autista que afeta a interação social, a comunicação verbal e não verbal, estabelecendo uma resistência para aceitar mudanças, desenvolve a inflexibilidade do pensamento e cria campos de interesses restritos no indivíduo.

Esse é um transtorno mais comum do que você imagina, e não tem nada a ver com a loucura, mas sim com a dificuldade para se relacionar com outras pessoas ou aceitar opiniões contrárias. E isso se encaixa perfeitamente com o comportamento extravagante de Elon Musk.

 

Elon Musk… influencer?

É inegável que, nos últimos anos, Elon Musk acumulou poder e influência política. Com isso, ele se tornou um “digital influencer” que gosta de ser um troll, o que pode ser um perigo para o Twitter (assim como já foi para a Tesla e para a SpaceX).

Somando tudo isso, Elon Musk fala e escreve um monte de merda, mas ele não está louco. E digo mais: ele soube trabalhar muito bem a sua imagem nas redes sociais para alcançar os seus objetivos.

Ele utilizou bem a redes social para manipular a cotação das criptomoedas, para inflar as ações da Tesla e, obviamente, para promover as suas empresas ou vender os seus produtos excêntricos. E esse comportamento ajudou, de alguma forma, na aquisição do Twitter.

 

É muito poder para uma única pessoa

Diferente dos políticos tradicionais, Elon Musk cumpre de forma impecável o seu “programa eleitoral”. Ele transformou as suas empresas em verdadeiras gigantes em diferentes frentes, algo que muitos norte-americanos apreciam e valorizam.

Sem falar que ele se tornou uma peça chave na segurança do país com os seus satélites Starlink, que são utilizados pelo governo e exército dos Estados Unidos.

Agora, com o Twitter em suas mãos, os dados privados de centenas de milhões de pessoas estão nas mãos de uma única pessoa. E ele pode utilizar esses dados para coisas simplesmente inimagináveis.

 

O messias?

O que está preocupando boa parte do mundo civilizado (incluindo os políticos norte-americanos) é que Elon Musk está cada vez mais influente, mais políticos e, o que é mais grave, saltando todas as regras. E ele pode fazer isso porque tem dinheiro.

Musk é crítico voraz da gestão Joe Biden, e já afirmou que vai votar nos Republicanos nas próximas eleições presidenciais do país previstas para 2024, vai perdoar todos os expulsos do Twitter (incluindo negacionistas, disseminadores de fake news e, é claro, Donald Trump), é um ator importante na invasão da Ucrânia por doar os seus satélites para os ucranianos se comunicarem e quase todos os dias e ele ou conversa ou se reúne com presidentes e políticos influentes de diferentes países.

Ou seja, Elon Musk se vê como um messias ou uma espécie de salvador da humanidade. Só que não temos certeza se ele mesmo não será um dos motivos para que todo mundo acabe saindo daqui para morar em outro planeta.

De qualquer forma, não podemos negar que Musk ao menos aparenta se esforçar pelo bem comum. Ele já pediu uma trégua / rendição da Ucrânia para “evitar uma guerra nuclear” (e isso é muito errado), propôs um pacto em Taiwan (como se ele fosse um grande estadista) e confessou que conversou com Putin antes de propor a tal trégua patética.

E a compra do Twitter é, segundo o próprio Musk, um ato para “salvar a civilização”. Em um tom messiânico que preocupa a muita gente. E com o enorme megafone que ele comprou, ele pode conseguir basicamente o que quiser.

Jill Lepore, historiadora e jornalista, afirma no The Washington Post: “Devemos nos preocupar, não porque sua influência seja inevitavelmente maligna, mas porque é inevitavelmente uma grande influência”.

Não. Elon Musk não está louco. Ele é excêntrico e imprevisível. E é um gênio da tecnologia e dos negócios, com uma enorme capacidade de atrair pessoas. Algo comparável com Steve Jobs no seu tempo.

Veremos para onde a compra do Twitter vai nos levar.


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