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Zapping, “a televisão (via streaming) como você nunca viu”. É tudo isso mesmo?

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Eu levei um tempo para falar sobre o Zapping porque outras pautas mais importantes entraram na frente. Natal, Ano Novo, CES 2024 e os jogos da NFL ocuparam o meu tempo nas últimas semanas.

Ainda sou usuário de TV por assinatura, e aderi ao modelo de TV paga por streaming por pura conveniência. Sei que tenho meus problemas com a Claro (que são bem sérios, diga-se de passagem), mas o Claro TV+ Box me atende bem quando preciso ver os eventos esportivos que deixo gravando nos finais de semana.

Mas aí vem o Zapping prometendo “a televisão como você nunca viu”. E quando eu olho para os lados, Claro TV+ App, Sky+ e até o finado Oi TV App mandam abraços para ela. Então, eu penso… o que será que ela pode ter de tão diferente assim?

 

Apresentando o Zapping

O Zapping é um aplicativo que permite assistir TV ao vivo de forma online, em qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de cabos ou antenas. Igualzinho aos seus concorrentes que já mencionei neste artigo. Logo, não é “como eu nunca vi”.

A não ser que o ineditismo seja em outros aspectos que ainda vou descobrir ao analisar o serviço mais de perto.

 

Compatível com diversos dispositivos como Smart TVs, smartphones e tablets, o aplicativo do Zapping oferece diversas funcionalidades “exclusivas”, como estatísticas de partidas esportivas, replay de até 7 dias, voltar ao início do programa, escolher a qualidade de vídeo, momentos dos jogos mais relevantes e os 10 canais mais vistos pelos usuários.

Me desculpe, Zapping… eu mal te conheço, mas tenho que discordar de você.

De exclusivo mesmo nesses recursos só encontrei as estatísticas e os melhores momentos dos jogos. Voltar na programação e escolher a qualidade de reprodução de vídeo é algo que as demais plataformas também oferecem em maior ou menor grau.

Aliás, eu só assino o Claro TV+ porque eu posso voltar na programação e ver tudo o que a minha rotina de gente normal não me permitiu assistir. Então, sua “exclusividade” é para algumas funções, mas não para todas que estão disponíveis no seu site oficial.

O Zapping é completamente legalizado, com contrato de cada canal oferecido e pagamento pelo conteúdo disponibilizado. Ou seja, nada de pirataria aqui. Até porque você está pagando mais caro que o Gato Net que você tanto ama.

O serviço é compatível com Smart TVs, celulares, tablets, Android, iOS, Samsung, LG, Fire Stick, Roku, Android TV e Apple TV. É uma boa variedade de dispositivos que cobre um amplo leque de usuários (para não dizer todos).

Por fim, a conexão de internet recomendada para que o Zapping funcione bem é de 25 Mbps “para uma boa qualidade de imagem”. O mundo perfeito pede uma velocidade maior, obviamente.

 

E os pacotes? Como são?

O Zapping possui três opções de planos de assinatura:

  • Zapping Lite: R$ 14,90/mês (R$ 10,90 nos primeiros três meses)
  • Zapping Lite+: R$ 19,90/mês (R$ 14,90 nos primeiros três meses)
  • Zapping Full: R$ 109,90/mês (R$ 89,90 nos primeiros três meses)

Você não precisa estar atrelado a uma operadora de telefonia ou internet para assinar o Zapping. Basta entrar no site, fazer o seu cadastro, configurar a forma de pagamento e pronto: plano liberado.

Todos os planos contam com 7 dias gratuitos para degustação do serviço, e a cobrança só começa a contar após esse período de testes.

E a diferença entre o plano Lite e o Lite+ é que o primeiro permite o uso do serviço em um único dispositivo por vez, e o segundo oferece o acesso a até cinco dispositivos simultâneos.

Não há informações sobre um eventual bloqueio por geolocalização do serviço, o que permite (em teoria) que o assinante possa fazer o rateio do plano com outras pessoas e, dessa forma, diluir as despesas.

Mas insisto que essa é apenas uma teoria minha que não posso comprovar na prática porque não pretendo testar o serviço tão cedo.

Você também pode assinar os pacotes “à la carte”, como em outras operadoras. No Zapping, é possível contratar o Premiere, o Telecine e o Combate, massa tendência é que você pague valores bem mais caros que aqueles cobrados pelo Globoplay pelos mesmos serviços.

 

E os canais disponíveis? Quais são?

Nos planos Lite e Lite+, você tem basicamente os canais abertos (com exceção da Globo), vários canais religiosos, alguns canais regionais e o PlayTV, único canal de TV paga disponível nesse pacote.

Os canais pagos estão disponíveis mesmo no plano Full e, ainda assim, de forma limitada. Alguns canais importantes como aqueles pertencentes ao grupo Warner Bros. Discovery e Paramount ficam de fora desse pacote.

Na prática, você recebe além dos canais do plano Lite(+), os principais canais pagos dos grupos Globo, Band, Disney e Universal, além dos principais canais de notícias (incluindo Fox News e BBC News, que estão ausentes em algumas operadoras).

Alguns canais internacionais como DW, Rai e TV5 Monde também estão disponíveis no pacote Full. Porém, leve em consideração que, apesar do Zapping indicar que são 89 canais neste plano, 30 deles são abertos.

Ah, sim… a TV Globo está disponível no plano Full, mas apenas em algumas praças com afiliadas nas capitais (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte).

 

E o feedback dos clientes?

No Reclame Aqui, o Zapping ainda é bem recente, com poucas reclamações e nenhuma interação. Nos dois casos que pesquisei, as ocorrências abertas estão relacionadas aos problemas técnicos e cobrança indevida no cartão de crédito.

Uma das promessas do Zapping ao desembarcar no Brasil é oferecer a TV pela internet “sem delay”, e alguns usuários e outros produtores de conteúdo confirmam que o serviço realmente entrega o que promete.

Outro ponto que merece ser destacado no Zapping é a possibilidade de escolha do codec para uma reprodução de vídeos de qualidade mesmo com uma conexão de internet com velocidade abaixo do ideal.

Alguns usuários afirmam que o recurso é excelente para quem quer assistir TV no smartphone utilizando os dados móveis. Pode deixar surpresas desagradáveis na fatura no final do mês, mas ao menos permite assistir ao seu time na final da Libertadores durante o casamento de sua neta.

O último refúgio que sobrou para ver os feedbacks dos usuários sobre a Zapping foi o Facebook. E lá, uma visão mais pessimista sobre o serviço se apresentou diante dos meus olhos.

É preciso lembrar aqui que o Zapping é um serviço que, aparentemente, está em expansão. Em países vizinhos, novos canais foram adicionados. Logo, dá para ter alguma esperança de que o mesmo aconteça por aqui também.

A prova dessa expansão é que a plataforma procura por eventos esportivos exclusivos, como o Mundial de Handebol em um canal esportivo próprio, o Zapping Sports.

 

 

A ausência de canais importantes dos grupos que ficaram de fora do pacote Full é sentida pelos assinantes, que reclamam da relação custo-benefício. Alguns usuários das páginas de divulgação da plataforma oferecem “opções alternativas” de IPTV (se é que você me entende).

Por outro lado, a usabilidade do aplicativo do Zapping é elogiada, mas essa boa experiência pode variar, de acordo com o tipo de dispositivo que você está utilizando.

 

Zapping: vale a pena?

Olhando de longe, a ideia é bem-intencionada. Mas quando colocamos o que é entregue na prática ao lado da concorrência, a conta não fecha.

O Zapping pode ter uma experiência de uso melhor, qualidade de imagem melhor e até entregar o tal “zero delay” pela sua tecnologia. Mas enquanto cobrar o valor que cobra pelos seus planos, ela não tem chance alguma no Brasil.

Basicamente todos os serviços concorrentes cobram MENOS que o Zapping e entregam MAIS no conteúdo e até mesmo nas funcionalidades.

O Sky+, que até “bate cabeça” com planos relativamente caros para a quantidade de canais que oferece, entrega uma relação custo-benefício melhor que o Zapping.

E o Claro TV+ (mesmo no Box) também oferecer mais por menos. Até mesmo o número de dispositivos simultâneos que podem usar o Zapping não justifica o investimento.

 

A não ser que você adote usos muito específicos para o serviço. Por exemplo, ter alguma opção de TV paga por um preço reduzido ao dividir com quatro outros usuários. Aí sim, neste caso, pode valer a pena.

Também é uma alternativa para quem quer ver esportes e não quer sofrer do delay de transmissão que resulta em spoilers em eventos importantes. E, mesmo assim, se pergunte se o Zapping vai dar conta do recado em Copa do Mundo ou Olimpíadas.

Afinal de contas, o serviço é novo, e nunca foi testado em cenários de elevada demanda. E até por isso você deve procurar pelos feedbacks de outros usuários antes de entrar nessa aventura financeira.

Se você não pode pagar para ver TV e faz questão de ver TV aberta, é melhor investir o seu dinheiro em uma antena digital. Você paga uma vez só e recebe o mesmo que o Zapping cobra de forma picada.

Ou usa o Pluto TV, que é de graça e entrega uma programação excelente.


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