TargetHD.net | Notícias, Dicas e Reviews de Tecnologia Trump vs Twitter: a guerra | TargetHD.net Press "Enter" to skip to content
Você está em | Home | Internet | Trump vs Twitter: a guerra

Trump vs Twitter: a guerra

Compartilhe

“Porque ele é um babaca escroto e imbecil” é uma resposta correta, mas muito simples, pois dispensaria a existência desse post. Mas é preciso explicar melhor o que está acontecendo.

Donald Trump tem mais de 80 milhões de seguidores no Twitter, e a rede social é um potente megafone para suas mensagens. Faz tempo que muitos entendem que a plataforma deveria moderar as mensagens dele que serviam para desinformar e propagar mensagens tóxicas ou enganosas.

O Twitter nunca se importou com isso… até agora. Nessa semana, a rede social marcou duas mensagens do presidente dos Estados Unidos como “potencialmente enganosas”. Trump reagiu imediatamente, e fez aquilo que qualquer babaca faz de melhor: ameaçar.

Donald Trump ameaçou que o Twitter e outras redes sociais seriam “reguladas com força ou fecahdas”, antes que as mesmas pudessem silenciar “as vozes conservadoras”.

Vale lembrar que “a censura das vozes conservadoras” (que usam as redes sociais para espalhar mentiras e calúnias) não está acontecendo apenas nos Estados Unidos. No Brasil, uma certa família (que você sabe qual é) também teve mensagens de alguns dos seus membros excluídas do Twitter, Facebook e Instagram pelos mesmos motivos: discursos de ódio e fake news.

 

 

 

Trump vs Twitter: como a guerra começou

 

 

Tudo começou quando Donald Trump publicou duas mensagens no Twitter em 26 de maio, falando sobre uma potencial fraude nos votos pelos correios na Califórnia. As duas mensagens foram etiquetadas pelo Twitter como potencialmente perigosas, adicionando um link que convidava os usuários a “verificar os fatos sobre o voto pelo correio”, o que indica que o presidente dos Estados Unidos fez falsas afirmações sobre o tema.

O Twitter afirma que só fez o seu trabalho, de acordo com a sua nova política de moderação de conteúdos enganosos. E isso despertou a ira de Donald Trump.

 

 

O presidente laranja então começou a publicar mensagens ameaçadoras contra as plataformas de redes sociais que “silenciam as vozes conservadoras”, afirmando que “as regularemos com contundência, ou as fecharemos antes de permitir que algo desse tipo aconteça”. Trump chega a mencionar que essas mesmas redes sociais já tentaram afetar a sua campanha presidencial em 2016 e “fracassaram”.

 

 

Isso mesmo. Quem falou isso foi o mesmo Donald Trump, que sabia da interferência russa nas campanhas pagas no Facebook e não fez nada, pois se beneficiou disso.

É a primeira vez que Trump se pronuncia sobre o assunto dessa forma, e segue acusando o Twitter de “interferir nas eleições presidenciais de 2020, asfixiando completamente a liberdade de expressão”.

 

 

 

 

 

Trump pode mesmo fechar as redes sociais?

 

Sinceramente? É algo bem difícil de acontecer.

É sempre importante lembrar que o Twitter, assim como todas as demais redes sociais, são empresas, com políticas de uso e regras a serem cumpridas. Se Donald Trump violar essas regras, ele será punido, como qualquer outro usuário. Bom, pelo menos agora parece que é assim na rede social do passarinho azul.

E… vamos combinar que demorou para essa mudança acontecer? Porque não faz muito tempo que o mesmo Twitter decidiu ignorar as falácias que Trump publicava em sua rede social pelo simples fato do presidente laranja ter um número enorme de seguidores, o que invariavelmente atraía publicidade e visibilidade para a plataforma.

Por outro lado, Trump pode não conseguir fechar ou regulamentar de forma mais contundente as redes sociais. Porém, esse primeiro incidente pode ter um certo impacto no funcionamento das plataformas no futuro, principalmente nesse momento em que todas estão adotando medidas mais rígidas contra a desinformação.

Trump pode ficar esperneando por justiça para ele, mas ao menos agora ele deve saber que não pode escrever qualquer merda que vem à cabeça.

 

 

Via Washington Post


Compartilhe