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Streaming: mais caro do que nunca em 2023

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Há cinco anos, o mundo era um lugar diferente. A vida seguia sem a sombra da pandemia, a inflação não era uma realidade e as taxas de juros estavam baixas. E os serviços de vídeo em streaming eram verdadeiramente acessíveis, com uma oferta menos segmentada do que vemos hoje.

Tudo mudou muito desde então. A maioria das plataformas de streaming inflacionaram os preços de mensalidade, também em função do cenário econômico atual. E não só a tendência de aumento, mas a degradação de ofertas em vários planos.

Sinal dos tempos. O streaming está mais caro do que nunca. Tão caro, que tem uma galera voltando para a TV por assinatura ou para a pirataria de conteúdo. E as plataformas parecem não se preocupar muito com isso.

 

Tudo isso é culpa da Netflix, pra variar

A Netflix foi uma das pioneiras nessa abordagem. Não apenas aumentou preços, mas também substituiu seu plano mais barato por um novo plano suportado por anúncios. Os planos da plataforma deram certo, infelizmente. E os demais serviços de streaming estão seguindo o seu exemplo, cada um do seu jeito.

O Disney+ transformou seu plano padrão em um pacote intermediário, reservando as opções premium para os planos mais caros, e planeja o fim da divisão de contas dentro do serviço. O HBO Max (ou Max, e eu nem sei como esse serviço se chama direito) planeja fazer o mesmo, e plataformas como Paramount+ e Apple TV+ inflacionaram os valores de suas mensalidades nos últimos 12 meses.

Estas mudanças afetaram o mercado de streaming e o comportamento dos consumidores, que ficaram obviamente descontentes com o rombo ainda maior no cartão de crédito. E sempre recebendo um serviço de pior qualidade

Além dos aumentos de preço e das mudanças na estrutura de planos, o fim do compartilhamento de contas virou regra entre as plataformas.

Tanto Netflix quanto Disney lideraram a investida contra essa prática, que durante muito tempo foi incentivada e usada como um instrumento de marketing. Mas essa cultura agora é vista como um enorme problema para as plataformas, e o ano de 2023 marcou um ponto de inflexão no fim da divisão de contas.

É melhor você se preparar pelo fim da divisão de contas nos serviços de streaming em 2024. Ou você passa a pagar a mais para ter aquele conteúdo, ou fica sem a plataforma. Ou apela para alguns meios que são questionáveis aos olhos de algumas pessoas.

 

Está mais caro, mesmo que seja menos caro

A análise dos aumentos de preços ao longo dos anos revela que, em alguns casos, esses aumentos não foram tão significativos quando comparados com a inflação acumulada.

A Apple TV+ liderou o ranking de aumentos. No Brasil, o serviço saiu de R$ 14,90 para R$ 21,90 por mês, e tudo o que a plataforma fez foi estrear algumas novas temporadas de algumas séries consagradas e adquirir alguns direitos esportivos que nem são exibidos no Brasil, como é o caso da liga MLS.

Ou seja, agora todo mundo sabe que os assinantes da Apple TV+ vão ajudar a pagar o salário de Lionel Messi no Inter Miami.

Outros serviços de streaming aumentaram os seus valores de forma mais residual, mas que acabam impactando no valor a ser pago por pessoa para manter todas as plataformas em dia.

Mais uma vez, o exemplo da Netflix é aquele que mais chama a atenção, pois a remoção de um plano básico sem publicidade condiciona o assinante a ter que pagar para ver publicidade ou pagar a mais para não ver anúncios e ter o conteúdo completo do serviço.

Na prática, a Netflix pode não ter aumentado os valores de mensalidade dos seus planos em 2023, mas ficou mais cara na relação custo-benefício. E tudo indica que o serviço vai ficar mais caro em 2024.

Prepare o seu bolso, amigo leitor.

 

Brasileiro paga por até 8 serviços de streaming em média

Olhando especificamente para o Brasil, é fácil concluir que nós gostamos dos serviços de streaming. Tanto, que utilizamos em média por oito desses serviços, de acordo com o estudo realizado pela consultoria Comscore.

Desses, 4,7 plataformas são pagas, e 3,5 são gratuitas com anúncios. Essa combinação não apenas mostra que os brasileiros buscam a variedade de escolhas, mas seguem procurando a melhor relação entre assistir séries de TV e seguir comendo todos os dias.

Hoje, consumimos mais streaming do que vários outros países da América Latina, incluindo Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, Peru e México, em um mercado de TV conectada (CTV) em constante evolução. Se bem que esse crescimento pode estar ameaçado pelo aumento de preços das plataformas.

A pesquisa também revela que as Smart TVs lideram no ranking dos dispositivos utilizados para o CTV no Brasil, com 96% de adesão entre os espectadores. Desses, 20% acessam as plataformas através de dispositivos de streaming dedicados (Roku, Fire TV, Chromecast, etc), 16% usam os decodificadores fornecidos pelas operadoras, e outros 16% usam os consoles de videogames.

Por fim, o Brasil conta hoje com 66 milhões de usuários de CTV. E esse é um público que pode ser ainda maior, desde que as plataformas de streaming sejam consciente sobre os valores cobrados pelos seus serviços.

A conta não está fechando. Depois não reclamem que o IPTV e o torrent voltaram a ganhar evidência entre os brasileiros. Comer ainda é mais importante que assistir Stranger Things.


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