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Silicon Valley pronta para abraçar o trabalho remoto indefinidamente

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O mundo mudou, e é melhor você se acostumar com isso. O tele trabalho e o home office serão normas para muitos profissionais, e boa parte da indústria de tecnologia vai abraçar esse conceito. Pela necessidade, mas também pela conveniência das próprias empresas do setor.

O cenário de futuro é imprevisível, mas baseado no que as gigantes de tecnologia já apresentaram como soluções iniciais para contribuir no combate à pandemia, tudo indica que teremos mudanças sensíveis no comportamento das empresas em Silicon Valley, e tudo se encaminha para um esvaziamento dos escritórios e prédios das gigantes do setor, em uma profunda mudança de comportamento laboral.

 

 

 

Trabalho remoto por um longo tempo

 

 

Mark Zuckerberg já confirmou que os funcionários do Facebook podem seguir trabalhando de forma remota de forma permanente. A reunião com os funcionários foi aberta ao público, e a medida é para ajudar no combate à pandemia, além de ser uma forma de mostrar para outras empresas como a maior rede social do mundo está combatendo o problema, além de mostrar os impactos do cenário geral na forma em como trabalhamos.

O Facebook não está sozinho nessa iniciativa. Twitter, Square e Shopify também anunciaram políticas de trabalho remoto permanente, e consideram que retorno aos escritórios será um processo lento e gradual para evitar novos contágios entre os funcionários.

Já Sundar Pichai disse aos seus funcionários no Google que o trabalho remoto vai se estender até o final de 2020, mesmo que alguns funcionários possam retornar aos escritórios da empresa em junho. Inicialmente, apenas 10% dos funcionários da gigante de Mountain View vão retornar aos escritórios, e com o tempo essa porcentagem pode chegar a 20% ou 30%.

Pichai também afirmou que após o fim das ordens de restrição, a empresa vai seguir realizando eventos online, e que a pandemia foi uma forma da empresa repaginar o seu funcionamento em alguns campos.

A Microsoft também decidiu que seus funcionários podem seguir trabalhando de casa, mesmo com o fim das ordens de restrição, enquanto que a Amazon vai permitir o trabalho remoto até o mês de outubro.

Já a Apple apresenta uma estratégia diferente, e implementou uma primeira fase de retorno dos funcionários nos escritórios, iniciando por aqueles que não podem trabalhar de forma remota, ou que contam com muitas dificuldades para fazer isso. A segunda fase deve começar em julho.

Lembrando que a Apple está seguindo as ordens de distanciamento social local, e que seu plano pode modificar de acordo com a localização de cada escritório.

 

 

 

E como ficam os investimentos feitos?

 

 

As medidas acontecem justo no momento em que as gigantes de tecnologia de Silicon Valley expandem a sua presença física. A Apple tem o seu Apple Park em Cupertino, que abriga 12 mil funcionários e custou nada menos que US$ 5 bilhões.

Já o Google está construindo uma expansão de sua presença em Mountain View, com custos de US$ 1 bilhão, depois de investir US$ 2.83 bilhões em terrenos e propriedades na região (sem falar nos US$ 2.4 bilhões na compra do emblemático edifício do Chelsea Market em Nova York).

Apple e Google são a segunda e a terceira maiores proprietárias de bens em Silicon Valley (área entre as cidades de San Francisco e San José, na Califórnia). Outras gigantes do setor de tecnologia, como a Cisco Systems e Intel também estão no Top 10 da lista.

O Facebook também está expandindo os seus escritórios, inaugurando em setembro de 2019 um campus em Sunnyvale, enquanto que o projeto Willow Village, um novo complexo de escritórios, casas, lojas, hotéis e espaços abertos para abrigar 7 mil funcionários segue ativo, e deve ser inaugurado em meados de 2021.

Com as decisões tomadas, tais investimentos enormes se tornam questionáveis. A nova realidade imposta levanta dúvidas sobre o avanço dos projetos. Mas o que está claro é que o modelo de trabalho nunca mais será o mesmo após a quarentena.

Não imagino o fim do aglomerado de prédios com empresas de tecnologia para todos os lados, mas sim uma profunda mudança de comportamento. Um esvaziamento. Um menor fluxo de pessoas trabalhando nos prédios e escritórios, e um possível fim de cenas que ficaram tão comuns por lá, como por exemplo os profissionais descansando nos gramados dos QGs do mundo tech, e eventos de imprensa com apresentações presenciais.

Nada será como antes. E é melhor que todos se acostumem a isso.

 

 

Via The Verge, Reuters, Bloomberg


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