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Sigo gargalhando dos preços praticados pela Xiaomi no Brasil em 2020

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Antes de mais nada, fãs da Xiaomi… não adianta vocês brigarem comigo, pois só estou afirmando verdades inconvenientes nesse post. E deixo claro que jamais gostaria que a situação fosse essa. Todos nós gostaríamos de um cenário bem diferente. Porém, infelizmente, a verdade é uma só…

Eu continuo rindo dos preços praticados pela Xiaomi no Brasil!

Já tem mais de um ano que escrevi aquele post que, para muitos, foi quase uma declaração de guerra. O motivo para aquele post existir era um só: a Xiaomi sempre foi sinônimo de excelente relação custo-benefício em todos os principais mercados onde a marca se faz presente. Porém, ao retornar ao Brasil, o mesmo não aconteceu. E desde o primeiro dia de suas atividades comerciais em território nacional.

 

 

 

Em um ano, só piorou…

 

 

No ano passado, os motivos das minhas risadas se materializavam em números. Os valores dos produtos da Xiaomi e de suas marcas agregadas (Redmi, Amazfit, Poco, etc) eram muito mais elevados do que toda uma realidade de mercado que a grande maioria dos clientes das marcas no Brasil já estão acostumados.

Alguns casos de preços bizarros se materializavam em produtos populares, como o Pocophone F1 a R$ 2.999, o Amazfit Bit por R$ 699, o Mi 9 a R$ 2.799 e o caso mais absurdo de todos: a bicicleta elétrica Xiaomi Qicycle, por ridículos R$ 8.999.

Logo, é natural que muitos acabem se perguntando: “quem vai pagar esses preços pelos produtos da Xiaomi?”.

Olha… um ano depois, tudo indica que a resposta é “muita gente”. E apesar de seguir dando muita risada dos preços dos produtos da Xiaomi no Brasil, parece que a estratégia da marca no nosso mercado funcionou como uma luva, e não há nada que se possa fazer sobre isso.

 

 

 

…e não deve melhorar tão cedo

 

 

Se antes a Xiaomi não estava preocupada com as vendas de seus produtos em um mercado informal, a empresa hoje mudou esse pensamento… em partes.

A DL Eletrônicos, que atua como parceira da Xiaomi na distribuição dos seus produtos no mercado brasileiro, não queria abrir mão dos seus lucros. E ao longo dos últimos 12 meses, fez o que pode para reduzir a influência do mercado informal no Brasil. Não conseguiu acabar de vez com essa concorrência direta, mas complicou bastante as coisas para aquele seu importador que oferecia os produtos com preços muito mais competitivos que os oficiais.

Por outro lado, a Xiaomi parece que aprendeu rapidinho o que significa o “custo Brasil”, a ponto de conseguir algo que, para muitos, era considerado algo impossível: deixar os seus smartphones mais caros que os telefones da Apple, considerando a relação custo/beneficio e com todos os fatores implícitos nisso, como por exemplo a cotação do dólar, os impostos e a influência da pandemia global.

O último golpe que a Xiaomi dá na cabeça dos seus fãs foi com o lançamento oficial dos modelos Redmi Note 9 e Redmi Note 9 Pro no Brasil. Os dois modelos contam com preços iniciais sugeridos por aqui de R$ 2.699 e R$ 4.199, respectivamente. Lá fora, os mesmos dispositivos custam US$ 199 e US$ 269.

Você também percebeu que a conta não fecha, e que essa cotação de dólar da Xiaomi/DL Eletrônicos é simplesmente absurda?

Temo modelos top de linha da Samsung (Galaxy S10e) e da Apple (iPhone SE 2020) que são mais baratos do que o Redmi Note 9 Pro, um dispositivo que faz parte de uma sub-marca da Xiaomi que tem como principal objetivo oferecer a melhor relação custo-benefício possível. E lá fora, a empresa consegue isso, pois os valores originais desses modelos são muito competitivos.

Já no Brasil, os dois modelos estão com valores originais que são completamente fora da realidade, em todos os sentidos. E mesmo que a estratégia esteja funcionando (de uma forma bem estranha), muitos dos fãs da Xiaomi vão ficar muito irritados com essas decisões combinadas.

 

 

 

Na verdade, pouca coisa muda

 

 

Eu disse isso no ano passado, e vou repetir a mesma coisa, um ano depois.

Para quem já comprava os produtos da Xiaomi, Redmi, Amazfit, Poco, Haylou e outras marcas relacionadas através de importadores ou outras vias que não passam pela loja oficial, nada muda: esses consumidores vão continuar a comprar esses telefones e os demais dispositivos das marcas através dos importadores e/ou vendedores que oferecem preços mais competitivos para esses produtos.

Não vou discutir a legalidade da prática, ou comentar sobre as questões de garantia dos produtos adquiridos. Mesmo porque quem compra produto importado no Brasil não está preocupado com isso. Quem quer garantia de fábrica, suporte técnico especializado e outras garantias burocráticas vai aceitar pagar o preço solicitado pela Xiaomi/DL Eletrônicos no Brasil. E ainda quero acreditar que nesse segundo grupo estão as pessoas que não estão se importando com o preço a ser pago pelos produtos.

De qualquer forma, eu vou seguir rindo (e muito) dos preços praticados pela Xiaomi no Brasil. Com o meu dinheiro, a marca não fica. Ao conseguir o surreal feito de ser uma marca mais cara que a Apple em território nacional, a empresa caiu no ridículo de se transformar na excelente relação custo-benefício para ganhar o rótulo pouco confortável de “marca ostentação”.

E aí… a Xiaomi ainda coloca a Apple para mamar? Se sim, que mamadeira cara, não?


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