O Xiaomi Redmi 2A foi apresentado nessa semana, e com uma surpreendente característica: um SoC Leadcore, uma marca desconhecida junto ao grande público, mas que estreia em um grande fabricante.
Isso acontece por conta de um acordo fechado entre as duas empresas no final de 2014. No Xiaomi Redmi 2A, temos um SoC Leadcore L1860C quad-core (Cortex-A7) a 1.5 GHz, com GPU Mali-T622. É um SoC de entrada que estreia ‘em grande escala’. E os primeiros benchmarks do citado smartphone mostram como é o desempenho desse chip.
Por 90 euros, não poderíamos esperar muita coisa desse dispositivo, mas na verdade é que o mesmo está bem aceitável: 22.700 pontos no AnTuTu, o que posiciona o Redmi 2A entre o Xiaomi Mi2 e o Galaxy S4 (Snapdragon S4 Pro e Exynos 5410, respectivamente), dois smartphones lançados em 2012 e 2013 respectivamente, e modelos top de linha na época.
Alguns alardeiam sobre o seu menor potencial em relação às opções similares e atuais, como o MediaTek MT6732, que consegue pelo menos 30.000 pontos no mesmo AnTuTu.
Os benchmarks publicados no site chinês MyDrivers também revelam dados de outros programas, como o NenaMark2 (58.4 fps) e garantem que jogos exigentes como Asphalt 8 são executados sem maiores problemas e com grande eficiência.
Quando falamos de SoC, temos como líderes marcas como Qualcomm, Apple ou Samsung. Mas a MediaTek está ganhando o seu espaço, com modelos como o MT6795, que figura como um rival digno dos chips Snapdragon 810, Exynos 7 e derivados.
A MediaTek subiu um degrau para se posicionar como uma das melhores do mercado, e a Leadcore está querendo assumir o seu posto. O seu bom trabalho feito no Redmi 2A pode ser o início desse processo de sugestão. Afinal, a indústria mobile não precisa apenas de SoCs muito potentes e caras, mas também de fabricantes que apostem nas linhas de entrada e intermediária.
E não é só a Leadcore que aparece como candidata: outras como Allwinner, HiSilicon, Marvell e Rockchip também lutam por seu espaço, sem se esquecer das gigantes como Qualcomm, Intel e NVIDIA.