Rotten Tomatoes e Metacritic são (talvez) os dois sites de referência obrigatória para análise das estreias de cinema. Mas os dois passaram por vários problemas nos últimos tempos, especialmente por causa de usuários trolls com a comunidade e com os próprios filmes.
Por isso, o Rotten Tomatoes anunciou uma mudança radical em sua plataforma, onde os usuários não podem resenhar um filme que está estreando nas salas de cinema, exceto quando comprovam que compraram um ingresso para assistir o filme que vão analisar no site.
Alguns antecedentes diretos sugerem que esta é uma medida preventiva contra os trolls. O caso mais emblemático foi o de Capitã Marvel, onde as críticas de misoginia inundaram o site para diminuir a classificação do filme… semanas antes do longa da Marvel estrear nos cinemas.
Mas espere… tem algo por trás dessa decisão…
É uma medida extrema, porém, perfeitamente compreensível por causa dos acidentes prévios. Porém, há mais uma história por trás disso. Toda essa mudança na realidade teria como principal motivador aquele velho elemento que faz o mundo girar: o dinheiro.
Um artigo do Variety questiona a medida, e encontra um detalhe que não pode ser ignorado. O Rotten Tomatoes é de propriedade do Fandango, plataforma dedicada à compra de ingressos de cinema online. Logo, para verificar a compra de um ingresso, o processo é automático caso a compra aconteça através do site de vendas, ilustrando uma estratégia para impulsionar as vendas em seu serviço.
O Fandango nega a estratégia, e afirma que tem acordos para validar compras com outras redes concorrentes ou com sistemas tradicionais, como MC Theatres, Regal e Cinemark. Mas isso não quer dizer que os usuários não podem publicar críticas de filmes no Rotten Tomatoes se não compram os seus ingressos de cinema com alguns parceiros dos sócios do Fandango.
As resenhas podem ser feitas no site como sempre. Mas agora, o algoritmo de visibilidade dará preferência aos usuários que comprovam a sua compra. Simples assim.