A proibição comercial dos Estados Unidos contra a Huawei significaria, em termos práticos, que a gigante chinesa não poderia adquirir componentes de empresas norte-americanas. Bem sabemos que o veto comercial dos Estados Unidos contra a gigante chinesa acabou porque Donald Trump (presidente dos Estados Unidos) e Xi Jinping (presidente da China) chegaram a um acordo comercial em reunião durante o G20, que está acontecendo neste final de semana no Japão. Mesmo assim, vamos trabalhar nesse post em um cenário hipotético. Se o veto estivesse vigente, qual seria o impacto imediato sobre o modelo premium da Huawei.
Voltando.
Não atrapalha tanto assim…
Para saber quais são as implicações que a Huawei poderia ter com o veto, a Nikkei desmontou o Huawei P30 Pro, último dispositivo top de linha da empresa, para analisar quantos componentes do produto vieram dos Estados Unidos. E, nesse caso em específico, o impacto é bem pequeno: apenas 0,9% de todos os componentes do P30 Pro vieram dos Estados Unidos, ou 15 de 1.631 componentes.
Porém, os componentes vindos dos Estados Unidos representam 16.3% dos custos totais de produção do smartphone, ou seja, US$ 59,36, em um total de US$ 363,83.
Alguns dos componentes mais importantes que vieram dos Estados Unidos no Huawei P30 Pro incluem a memória DRAM da Micron, os semicondutores de comunicações da Skyworks e Qorvo, e a película de tela Gorilla Glass da Corning.
Não está claro se a Huawei vai modificar os componentes do P30 Pro depois da proibição (se é que ela vai se manter), já que tudo indica que a empresa armazenou um bom estoque de itens antes de ser adicionada na lista negra dos Estados Unidos.
De qualquer forma, é evidente que os componentes norte-americanos são apenas uma pequena parte do novo smartphone top de linha da Huawei. O principal problema nesse caso ainda é o acesso ao software do Google, e não tanto nos componentes de hardware.
Via Nikkei