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Quais marcas de smartphones perdem mais valor com o passar do tempo?

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Um efeito colateral comum da telefonia móvel moderna é a rápida queda do valor de mercado dos smartphones. Isso faz com que muitos usuários enfrentem um autêntico dilema de investimento.

Muitas pessoas ficam indecisas sobre o que vale mais a pena: escolher entre um smartphone top de linha mais antigo ou um modelo com boa relação custo-benefício no momento da troca.

Neste artigo, vamos explicar melhor o que está acontecendo neste momento no cenário de telefonia móvel sobre essa tal perda de valor do mercado, mostrando quais são as marcas cujos modelos sofrem mais desse efeito colateral.

 

Onde acontece a maior desvalorização

A luta das marcas para atrair usuários levanta questões sobre a durabilidade e valor dos dispositivos. Pela quantidade se extrai a qualidade, e todo mundo sabe disso. O problema é que são tantos modelos fazendo basicamente o mesmo, que o valor de mercado dos dispositivos despenca com muita facilidade.

Um estudo realizado recentemente pela Simple Ghar ilustra melhor os efeitos práticos desse comportamento de mercado. A pesquisa destaca essa queda de valorização com dados, marcas e modelos, oferecendo informações valiosas para compradores.

A velocidade de lançamento de novos dispositivos faz com que poucos usuários mantenham seus smartphones por mais de dois anos. E, de fato, para muitos, não faz sentido trocar de telefone em um prazo menor do que esse. E algumas marcas sentem mais do que outras nesse processo.

A OnePlus é uma das marcas mais afetadas, perdendo até 37% de valor em um ano. Dois dos principais motivos para essa desvalorização acontecer são os problemas de bateria e tela que alguns usuários detectaram em alguns modelos da marca.

E quando a clientela detecta esse tipo de problema em larga escala, ela tende a abandonar os produtos fabricados por ela, o que resulta de forma inevitável na sua desvalorização.

Já os telefones Google perdem em média 17,55% de valor ao ano. E aqui, a explicação pode passar pela baixa presença de mercado dos modelos Pixel no mercado global de smartphones.

 

Samsung e Apple com cenários contrastantes

A Samsung experimenta alta desvalorização dos seus smartphones, como no caso do Galaxy S22, que perdeu 40% do valor desde o lançamento. Tudo bem, estamos falando de um dispositivo lançado no ano passado. Mas quando comparamos esse modelo com o iPhone 14, o dispositivo da Apple não perde tanto valor em relação ao que era cobrado no seu lançamento.

Modelos como Galaxy A52, Galaxy A13 e Galaxy S21+ também mostram cifras semelhantes de desvalorização, mostrando que a tendência afeta os telefones da Samsung de diferentes categorias e faixas de preço.

A Apple tende a sofrer menos desses efeitos, mas não deixa de sofrer uma certa desvalorização. A marca, conhecida por manter os valores dos produtos com certa competência, testemunhou o tão criticado iPhone 14 perder 24,68% de mercado.

Neste caso em específico, o motivo para essa queda de valor não poderia ser outro: a falta de inovação percebida e características pouco destacáveis do iPhone 14.

 

A preocupação com a sustentabilidade e inovação

A crescente preocupação com sustentabilidade pode alterar escolhas dos consumidores nos futuros smartphones, e as marcas precisam ficar atentas a esse comportamento coletivo.

Empresas como Fairphone e Google, que abraçaram a filosofia de oferta de um suporte prolongado para smartphones, indicam uma mudança na extensão da vida útil dos dispositivos. A tendência é que outros fabricantes sigam essa filosofia de mercado, apenas e tão somente para não perderem terreno para a concorrência.

A busca por inovações mantém a desvalorização dos smartphones como uma realidade, apesar das preocupações com sustentabilidade. Buscar o novo em design, funcionalidades e recursos de hardware/software tem como contraponto essa ausência de visão objetiva sobre o tempo de funcionamento dos telefones atuais nas mãos dos usuários.

Ou seja, o próprio progresso da tecnologia em si indica que a desvalorização dos smartphones vai se manter como uma realidade prática por um bom tempo. Ou até que o mercado abandone alguns pragmatismos.

Inclusive o pragmatismo econômico, incluindo a tão nefasta obsolescência programada.


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