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Por que deixar 30% de espaço livre no SSD

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A evolução existe, mas ela não produz milagres.

É fato que as unidades de armazenamento SSD evoluíram muito nos últimos anos, tanto na capacidade de armazenamento como na velocidade de transmissão de dados. Hoje, você pode armazenar um volume muito maior de informações em um tempo absurdamente menor e, ao mesmo tempo, pagando menos por esses benefícios.

Mas uma das boas práticas para o bom funcionamento de um SSD é ignorada por boa parte dos usuários, que exploram a unidade de armazenamento ao limite: deixar um espaço livre para melhorar o desempenho dessas unidades.

 

Os problemas em lotar uma SSD de dados

Para quem adora deixar a SSD recheada de dados e quase com 100% de espaço de armazenamento ocupado, eu não sei como você consegue usar um computador ou notebook nessas condições, mas vou deixar alguns argumentos válidos para que você mude de ideia e de comportamento.

Encher completamente a unidade SSD de dados, especialmente se for a unidade principal (aquela que possui o sistema operacional e os principais aplicativos instalados), pode resultar em perda de desempenho do equipamento como um todo.

Isso acontece porque o equipamento terá dificuldades em encontrar espaço livre para armazenar novos dados, tanto para os softwares como para arquivos pessoais e também para a memória cache. O desempenho do SSD fica comprometido, com o computador levando mais tempo para armazenar esses dados.

Além disso, é preciso ter em mente que as unidades de SSD modernas dividem seu armazenamento em partes rápidas (normalmente em cache) e lentas. Isso é feito também para otimizar o desempenho das unidades, e quando você sobrecarrega o armazenamento sem deixar espaço livre para trabalhar esses dados, você compromete o bom funcionamento como um todo.

Essa divisão entre o armazenamento rápido e lento funciona como se fosse uma autopista, com faixas de rolagem diferentes. A parte rápida do SSD é sua memória cache. Se você tem uma via rápida cheia de carros, ela deixa de ser rápida.

Simples assim.

 

Um exemplo prático do que estou falando

Alguns experimentos realizados por profissionais mostram como a velocidade de uma unidade SSD cai drasticamente com o aumento do preenchimento do espaço livre de uma unidade. Um dos melhores exemplos disso aconteceu recentemente com os testes realizados por sites especializados com o SSD Western Digital WD Black SN770M.

A evolução dos SSDs foi notável, indo das memórias iniciais que não eram tão íntegras na preservação dos dados até células que conseguem armazenar mais bits. O problema é lidar com o chamado “pseudo SLC” como uma solução para manter a velocidade de leitura e armazenamento de dados, mesmo com células que armazenam mais bits.

Alguns fabricantes insistem nessa estratégia, o que sempre traz prejuízos a longo prazo para os usuários e seus dados. Por isso, é preciso ficar atento para a dica que compartilhei neste artigo: deixar um espaço livre na unidade para manter o melhor desempenho possível.

 

Dica final

Meu conselho de amigo (e eu me considero seu amigo): não preencha por completo o espaço disponível no SSD para que o desempenho seja o melhor possível.

É recomendado que a unidade principal (que é aquela que recebe o sistema operacional e os seus aplicativos e jogos instalados) fique com até 70% de sua capacidade de armazenamento em uso (deixando 30% livre), e a unidade secundária (onde normalmente armazenamos os arquivos pessoais, downloads, fotos e vídeos e outros itens menos importantes) pode receber até 90% de capacidade ocupada.

Mais do que isso, e os problemas muito provavelmente vão aparecer. E você terá que lidar com isso no dia a dia com o computador.

De novo: é sempre melhor prevenir do que remediar. Mesmo porque o remédio pode sair caro neste caso.


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