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Os smartphones da Huawei vão desaparecer?

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Essa é uma pauta meio alarmista, e eu mesmo reconheço que o título do post é um pouco apelativo. Mas o cenário que a Huawei encara neste momento justifica a pergunta sugerida para o desenvolvimento deste artigo.

Não basta a Huawei ter sérios problemas com o governo dos Estados Unidos. O reflexo desse conflito é sentido em outros mercados globais relevantes, como é o caso da Europa, onde as vendas despencaram, o que resultou no fechamento de lojas próprias e demissão de funcionários.

No Brasil, a Huawei bem que se esforça. Mas não ter os serviços do Google é um diferencial que praticamente mata os seus dispositivos para a maioria dos usuários.

 

A crônica de uma morte anunciada

A única salvação da Huawei parece ser o mercado doméstico, já que a globalização parece ser algo impossível neste momento. A empresa sequer consegue aproveitar o momento para impulsionar os seus produtos para a conectividade 5G, pois o boicote estabelecido em vários países impede esse avanço.

A Huawei não compartilha com o mundo como está a sua situação, mas os indícios de crise são bem evidentes. Funcionários de alto escalão deixaram a empresa, escritórios e lojas próprias na Europa fecharam as portas, e a crise deve ser ainda maior em 2023.

E o mais grave de tudo isso: a cota de mercado da Huawei simplesmente despencou, onde o volume de vendas saiu de 30% para apenas 1%. Ou seja, a marca praticamente desapareceu do mercado de smartphones com essa porcentagem residual.

Hoje, a Huawei se sustenta com a venda de computadores e relógios inteligentes, que são produtos excelentes, mas que estão bem longe de entregar as mesmas margens de lucros e presença de mercado que os smartphones entregam neste momento.

Cada vez menos smartphones da Huawei estão chegando ao mercado internacional, o que deixa claro que a empresa aos poucos está desistindo dessa competição ou morrendo como um todo. Lembrando que a Xiaomi assumiu a terceira posição que era dessa mesma Huawei que chegou a bater no peito desafiando Apple e Samsung pela liderança do mercado mobile.

 

Existe alguma esperança para a Huawei?

Para a Huawei, é difícil ter alguma esperança para uma mudança de cenário.

Muitos entenderam que Joe Biden derrubaria os vetos comerciais impostos por Donald Trump à Huawei em relação às empresas norte-americanas, mas não fio isso o que aconteceu. E com a crise econômica estabelecida pela inflação na Europa, os usuários estão cada vez menos propensos a investir dinheiro em um smartphone novo neste momento.

Ainda mais em um telefone da Huawei, que não tem acesso aos aplicativos do Google.

Ou seja, não é nenhum absurdo pensar que a Huawei está morrendo no mercado internacional. Como já mencionei neste artigo, a grande salvação da empresa é o mercado doméstico, o que é algo insuficiente para as aspirações da marca.

O potencial dos dispositivos da Huawei é enorme, mas sem o Android (do jeito que a maioria dos usuários conhece) e sem os aplicativos do Google, a empresa tem um desafio gigantesco: convencer as pessoas que os seus dispositivos são excelentes, mesmo sem dois elementos muito populares junto ao grande grupo de usuários.

Se a Huawei sobreviver no mercado internacional, será através das vendas de alto-falantes inteligentes, smartwatches, notebooks e outros acessórios da marca. Por outro lado, são produtos com um potencial de vendas muito menor e com margens de lucros mais modestas.

Eu não sei se a conta fecha. Só o tempo vai dizer.

Mas… boa sorte para a Huawei. Vai precisar.


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