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Os jogos físicos no Xbox vão mesmo desaparecer?

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A tendência do mercado de entretenimento doméstico é extinguir a mídia física, o que está colocando em desespero os colecionadores e usuários que só querem manter filmes, séries e jogos de videogames consigo pelo máximo de tempo possível.

O streaming é uma realidade para os estúdios, mesmo gerando poucos lucros. E o universo dos videogames vai pelo mesmo caminho. A Microsoft encontrou no seu Xbox Game Pass o modelo de negócio ideal para ser rentável e, ao mesmo tempo, combater a pirataria (em partes).

Agora, a leva de demissões na divisão Xbox levanta a suspeita da morte em definitivo das mídias físicas, e motivos não faltam para acreditar que isso pode acontecer em uma futura realidade prática.

 

A correlação entre demissões e o desaparecimento da mídia física

Recentemente, a Microsoft demitiu 1.900 funcionários das divisões do Xbox, incluindo nessa leva profissionais da Bethesda e da Activision Blizzard. O que foi relevado só agora (e nos leva a desenvolver teorias sobre o assunto) é que os departamentos de jogos físicos dentro dessa divisão foram particularmente impactados nas dispensas.

Isso indica que a Microsoft está claramente reduzindo os seus esforços e investimentos nos jogos físicos do Xbox. Algo que faz todo o sentido do mundo quando olhamos exclusivamente para o lado da gigante de Redmond.

Dados do mercado indicam um aumento substancial da preferência dos jogadores pelos formatos digitais. Hoje, os títulos AAA contam com 80% de participação do mercado exclusivamente na entrega dos games via download ou streaming.

Por outro lado, isso não quer dizer que os jogos em mídia física vão desaparecer de imediato. A Microsoft não pode fazer isso, pois sabe que a decisão resultaria na ira dos jogadores mais viscerais.

 

Diminuição de investimentos, mas não um abandono (por enquanto…)

Como já foi mencionado neste artigo, a Microsoft está claramente diminuindo os investimentos nos jogos físicos, e não é de agora. Já está sacramentado no Brasil o fim da comercialização de títulos nesse formato.

De fato, as mídias físicas para os videogames perderam a sua importância nos aspectos mercadológicos par aos fabricantes, e alguns analistas especulam que as decisões recentes são passos em direção ao abandono no futuro.

Os especialistas no assunto acreditam que os lançamentos exclusivos em formato digital se tornarão comuns nos próximos anos. Mat Piscatella, analista da Circana, prevê que o novo padrão de aquisição de jogos será a norma para as futuras gerações de consoles até 2028.

 

O formato não define absolutamente nada

Nos últimos dez anos (pelo menos), o avanço do formato digital nos videogames (e nos demais formatos de mídia e entretenimento) tem sido imparável, e todos os envolvidos no setor não param de estimular esse progresso.

Até mesmo alguns dos entusiastas de jogos físicos abraçaram as mudanças devido a questões de espaço, conveniência e ofertas atrativas nas plataformas digitais, abandonando progressivamente os jogos físicos.

Quem realmente lamenta pela morta dos jogos em formato físico é o grupo de colecionadores, que tentam a todo custo preservar a história dos videogames. E o risco de vários títulos importantes para as gerações desaparecerem só aumenta.

Também ficam esquecidos no churrasco da vida os usuários que mantinham o mercado de segunda mão e jogos usados ativo. Porém, como Microsoft e Sony não lucram um centavo sequer com o mercado paralelo, é melhor irritar aqueles que não podem pagar as fortunas cobradas pelos jogos físicos.

Por outro lado, as gigantes do setor de videogames encontram algumas vantagens substanciais no formato digital, que facilita a distribuição dos títulos, reduz os custos logísticos e maximiza os lucros por unidade vendida.

No meio do caminho, entra a questão da verdadeira propriedade dos jogos adquiridos digitalmente. Na prática, você não é dono do jogo que você comprou. Você só adquiriu os direitos de uso desses jogos e, mesmo assim, dentro dos limites estabelecidos pelas empresas.

Neste momento, o formato físico ou digital não define de forma definitiva a experiência do jogador, o que reforça a irrelevância da mídia física para a comercialização e distribuição dos jogos.

Outra evidência disso é que alguns jogos físicos exigem a ativação online dos títulos, e outros dependem de serviços de terceiros. Ou seja, você sempre está atrelado de alguma forma às gigantes do setor.

No final das contas, bom mesmo eram os tempos dos jogos em cartucho e totalmente offline, pois você era dono de tudo o que você pagou. E o multiplayer de verdade era receber o amigo ou primo em casa.

E eram tempos bem mais divertidos.


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