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O uso do smartphone pode indicar sintomas de hiperatividade de déficit de atenção?

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Um trabalho realizado pela equipe liderada por investigadores da Universidade de Virginia (EUA) e da Universidade da Columbia Britânica (Canadá) apresenta um estudo relacionado com a distração associada ao desenvolvimento da hiperatividade por conta do uso de smartphones.

O estudo tem como objetivo observar os efeitos dos dispositivos eletrônicos na concentração. A equipe liderada por Kostadin Kushlev calculou que somos dependentes dos smartphones pelo menos duas horas por dia em média, de acordo com os dados coletados com 221 estudantes. O trabalho contou com duas fases: na primeira, os estudantes colocariam ao máximo o nível de notificações e alertas durante uma semana, e na segunda fase aconteceria o contrário, dificultando o acesso ao smartphone.

No final de cada fase, os estudantes respondiam a uma série de perguntas que permitiam aos investigadores avaliarem se existia algum indício relativo a algum transtorno de hiperatividade ou de déficit de atenção. Os testes mostraram que, no final da semana com o máximo de notificações, os entrevistados mostravam um aumento notável do nível de hiperatividade e distração.

homem usando smartphone

Esta é a primeira prova experimental que as interrupções causadas pelos smartphones provocam a aparição em maior média de sintomas de transtorno de hiperatividade e déficit de atenção, inclusive em pessoas sem histórico clínico relacionado com os dois temas.

Obviamente, não é algo generalizado, e varia de caso a caso. Mas o que o trabalho ilustra é que, por trás do desenvolvimento de alguns desses sintomas pode estar o uso do smartphone: Distração, dificuldade de concentração, aborrecimentos com facilidade quando tentamos a concentração, dificuldades na hora de realizar tarefas e atividades estáticas ou inquietude.

homem usando smartphone nexus

Vale lembrar que as últimas pesquisas relacionadas com o uso do smartphone mostram que existe um contexto social em 95% dos casos (inclusive um em cada dez usuários admite que utiliza o dispositivo durante o ato sexual). Também voltando um pouco atrás no tempo, em 2007, na ocasião do lançamento do primeiro iPhone, Steve Jobs prometeu que o smartphone “mudaria tudo”.

De fato, isso aconteceu. Temos agora uma fonte inesgotável de notificações em nosso bolso, e a sua influência em nossa mente vem desses alertas.

Via Universidade de Virgínia


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