A Motorola apresentou seu novo protótipo de smartphone dobrável com “tela adaptativa” durante o Mobile World Congress em Barcelona, expandindo as possibilidades dos dispositivos flexíveis.
Essa é a evolução de um conceito que a própria Motorola apresentou no ano passado na mesma MWC, com a diferença de que o protótipo do ano passado apostava em uma tela enrolável.
Neste artigo, vamos mostrar as principais características desse produto, que até pode demorar a chegar no mercado, mas que ao menos aponta para o caminho que a Motorola tomou para este segmento.
Como é o telefone dobrável da Motorola
O dispositivo se assemelha a um smartphone com uma tela de 6,9 polegadas quando estendido, mas pode ser dobrado pela metade, proporcionando uma experiência única e flexível ao usuário.
Sua proposta está diretamente alinhada com os smartphones dobráveis do tipo concha ou clamshell, sugerindo uma evolução nesse design. A abordagem de esticar ou dobrar é uma das tendências de futuro do design de telefonia móvel.
A parte traseira do dispositivo não é rígida, apresentando uma capa de pele flexível. Essa escolha permite a maleabilidade necessária para moldar o dispositivo.
Na prática, ele tem uma maior possibilidade de formatos que os telefones dobráveis tradicionais, que só entrega uma alternativa (o formato esticado). O que a Motorola apresenta é, de fato, um conceito diferente do que está disponível no mercado neste momento.
Uma das propostas de design diferenciadas desse produto é a sua possibilidade de se transformar em um gadget vestível ou wearable. Com um ímã na parte traseira, ele pode funcionar como uma espécie de pulseira gigante.
Outro ponto de destaque no protótipo da Motorola é a sua integração com os recursos de Inteligência Artificial, outro elemento que será a regra para os smartphones nos próximos anos.
A Motorola planeja utilizar a Inteligência Artificial para analisar a roupa do usuário ou adaptar o papel de parede de acordo com o cômodo da casa, por exemplo. É uma abordagem diferente para uma tecnologia que já está presente em outros smartphones, mas que cada fabricante terá que interpretar e aplicar do seu jeito.
Será que vai dar certo?
O visual do protótipo de smartphone flexível da Motorola é chamativo, mas é difícil dizer se é uma proposta prática. Do que é possível ver de longe, este é um telefone grande demais para ser utilizado como uma pulseira, por exemplo.
Por outro lado, ele ainda é um protótipo em desenvolvimento. O conceito certamente vai evoluir para uma solução mais prática e viável para o uso proposto pela Motorola.
Algumas demonstrações aconteceram durante a apresentação do produto, com um jogo que permite a interação de jogadores em lados diferentes da tela dobrada.
A Motorola ainda precisa superar algumas questões técnicas do conceito, como a fluidez do processo de dobragem e a adaptação do software Android para essa nova categoria de dispositivos.
De qualquer forma, não podemos culpar a Motorola por tentar. Os smartphones dobráveis com telas flexíveis já existem. O que a empresa quer é oferecer um telefone totalmente flexível, com formato adaptável para outras finalidades.
O tempo vai dizer se a Motorola vai entregar esse tipo de produto ao mercado no futuro.