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O Recall do Copilot Plus… é uma ameaça à nossa privacidade?

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A Microsoft promete mundos e fundos com o Copilot+, nova tecnologia de Inteligência Artificial nativa nos computadores. Mas a principal novidade dessa plataforma é mesmo o recurso Recall.

Com ele, o Windows passa a ter uma espécie de “memória fotográfica digital”, capturando o tempo todo o que é exibido na tela do computador, permitindo a recuperação de informações do passado de forma simples.

E aqui, alguns usuários mais preocupados já estão fazendo a pergunta de US$ 1 milhão: e quanto à privacidade dos usuários? Como fica?

Vou tentar acalmar alguns corações mais ansiosos a partir de agora.

 

Entendendo o Recall

O recurso Recall realiza capturas constantes da tela do computador, e utiliza IA para descrever e indexar essas imagens.

O índice semântico vai facilitar a busca por informações, combinando etiquetas, imagens, texto e metadados de forma inteligente.

Dessa forma, fica fácil coletar dados que são de nossa produção, mas fica por conta do usuário como esses dados serão gerenciados.

Para funcionar no Windows, o Recall precisa de um computador com uma Unidade de Processamento Neural (NPU) que pode executar pelo menos 40 TOPS (Tera Operações por Segundo). No momento quando produzi este artigo, os chips Snapdragon X Elite/Plus da Qualcomm são os únicos a atender esse requisito.

De acordo com os especialistas da Microsoft, três meses de dados da Recall ocupam cerca de 25 GB de espaço no disco rígido. O volume de dados produzidos pela IA também pode ser gerenciado pelos usuários, que pode excluir as informações mais antigas para liberar espaço para armazenar novas informações.

Exatamente da mesma forma que as demais plataformas de IA estão fazendo neste momento.

 

E sobre a nossa privacidade?

Agora que você sabe de forma concisa e simplificada, chegou a hora de responder a pergunta que já está preocupando a alguns mais aflitos: como fica a privacidade e a segurança de dados no uso do Recall no Copilot+?

Todos os dados capturados pela Recall são armazenados e processados localmente no dispositivo, sem transferência para a nuvem. Afinal de contas, temos uma NPU e um armazenamento em SSD que pode salvar esses dados.

A Microsoft garante que essas informações são protegidas por criptografia e não são compartilhados com terceiros, embora existam preocupações sobre possíveis riscos à privacidade.

Se você entende que não precisa do Recall para melhorar a sua rotina diária de trabalho e pode viver sem ele em seu computador, saiba que será possível desativar o recurso por completo.

Ou personalizar o Recall para que ele se conforme do jeito que você mais deseja ou precisa.

O gerenciamento dos dados do Recall pode ser feito através da exclusão de sites ou aplicativos específicos, apagando conteúdos diversos ou desativando a função por completo.

 

Já não vimos o Recall antes no Windows?

Há quem diga que o Recall nada mais é do que a antiga Linha do Tempo do Windows 10, descontinuada em 2021.

A diferença aqui é que o Recall se beneficia das NPUs dos notebooks, aprendendo com a coleta e busca semântica dos dados.

De um modo geral, o Recall não passou indiferente. Alguns apreciam a novidade, outros criticam o recurso por ser considerado invasivo e potencialmente perigoso para a segurança dos dados dos usuários.

Mas é correto dizer que a chegada dos computadores com o Copilot+ e da função Recall marca o início de uma nova era na Microsoft e no Windows. É uma tecnologia promissora, mas que precisa responder as questões importantes sobre a privacidade dos usuários.

E neste caso, aquele trabalho de formiguinha e convencimento serão necessários para alcançar o grande grupo de usuários. E não apenas esse bombardeio de propagandas que recebemos todos os dias no Edge e no Windows.


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