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O que sabemos sobre o superaquecimento do iPhone 15

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É claro que a Apple não pode entregar um dia de paz sequer para os seus clientes. Mesmo que eles paguem pequenas fortunas pelos seus smartphones.

Toda a família de telefones iPhone 15 está gerando discussões entre os entusiastas de tecnologia. O USB-C é bem-vindo, mas chega com pelo menos oito anos de atraso. O titânio está descascando nos modelos Pro. E o superaquecimento desse smartphone é uma realidade que a própria Apple confirmou que existe.

Então… o que diabos está acontecendo com o iPhone 15? Por que tantos problemas? Será que existe uma solução? Ou os clientes mais uma vez terão que lidar com o modo “é assim mesmo, e você que lide com isso”?

 

O que sabemos sobre os problemas de superaquecimento

Algumas reclamações de usuários ao redor do mundo indicam que o iPhone 15 esquenta significativamente, mesmo durante tarefas simples como carregar, atingindo até 100 graus Fahrenheit (aproximadamente 38 graus Celsius) sem uso. As queixas são mais frequentes nos modelos mais caros, Pro e Pro Max.

Considerando um cenário normal de temperatura e pressão (o que não é o caso, mas eu estou forçando um trocadilho no artigo), ter um smartphone que está superaquecendo a quase 40 graus é um problema para qualquer smartphone do mercado, e não apenas do iPhone.

Mas como estamos falando da Apple, isso beira a uma tragédia com requintes de crueldade. É desastre mesmo.

E esse superaquecimento está acontecendo com tarefas que naturalmente exigem um pouco mais do hardware do dispositivo, mas em atividades que poderiam ser consideradas banais por qualquer usuário, como o uso do Instagram, gravação de vídeo 4K a 60 fps e fotografia prolongada ao ar livre.

Sim… existe um padrão: o uso da câmera do iPhone 15. E não apenas na recarga de bateria. E isso pode ajudar a Apple a encontrar uma solução mais prática para o problema, principalmente se a falha estiver no iOS 17.

 

Causas para esse problema

As possíveis causas para esse superaquecimento do iPhone 15 (Pro e Pro Max) incluem principalmente a potência do processador A17 Pro, a falta de otimização do iOS 17 para trabalhar com esse novo hardware e a diminuição da área de refrigeração e comprometimento do sistema térmico para redução de peso do dispositivo.

Alguns analistas de mercado com credibilidade como Ming-Chi Kuo e Ricardo Aguilar chegaram a afirmar que o problema acontece por causa de problemas de design dos dispositivos, especialmente relacionados à gestão térmica.

Falhas de projeto levam tempo e dinheiro para serem contornadas. E normalmente exigem uma reformulação do design do telefone e um eventual lançamento de uma segunda versão do dispositivo.

Se fosse isso, a Apple estava ferrada.

Felizmente, não é.

 

A solução está a caminho

A partir de agora, vou ter que reescrever boa parte de um artigo que já estava pronto, pois a Apple decidiu se pronunciar sobre o assunto, informando inclusive como vai solucionar o problema.

A Apple reconhece o aumento de temperatura nos iPhone 15 Pro e Pro Max, e identificou até três causas diferentes para o aumento de temperatura:

  1. a atividade em segundo plano após a primeira configuração ou restauração do telefone;
  2. um bug no iOS 17;
  3. as atualizações de aplicativos de terceiros sobrecarregando o sistema.

A Apple já está trabalhando em uma atualização do iOS 17 para corrigir o problema de superaquecimento do iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max, mas destaca que o uso de carregadores de alta potência pode eventualmente aquecer o telefone temporariamente.

Por outro lado, a mesma Apple garante que, mesmo com o aumento de temperatura durante o carregamento em alta velocidade, as medidas de proteção que o usuário deve adotar nesses casos  garantem a segurança e a integridade do dispositivo, como deixar o telefone em um local mais fresco e ventilado durante o procedimento de recarga.

A Apple aproveitou a oportunidade para desmentir teorias sobre problemas de design dos novos iPhone 15 Pro e Pro Max, explicando que as variações de desenho e materiais nos novos modelos dissipam melhor o calor em comparação com modelos anteriores.

Não há uma data prevista para o lançamento da atualização de software que corrigirá esses problemas, mas a Apple garante que esse update não vai reduzir o desempenho dos smartphones, muito menos vai resultar no tão temido thermal throttling (redução de desempenho devido ao superaquecimento).

Vamos olhar para o copo meio cheio neste caso, já que uma atualização pode mesmo mitigar o problema. E, com alguma sorte, sem envolver uma queda de desempenho do dispositivo para alcançar esse objetivo.

É importante nesse momento também olhar para o que a concorrência faz para tentar entender como a Apple trabalha de forma diferente para abordar a questão térmica no seu smartphone.

Enquanto a concorrência adota câmeras de calor, a Apple confia na dissipação de calor pelo corpo do dispositivo. Isso pode determinar uma solução que passa por uma futura atualização de software, mas pagando o preço de reduzir o desempenho do processador, afetando a experiência do usuário.

Pelo menos por enquanto, a Apple garante que não vai fazer isso. Mas… vai que…

E se a Apple não quer smartphones fritando nas mãos dos usuários, também não quer um iPhone 15 Pro Max tão caro quanto um Celta 2014 entregando um desempenho abaixo do desejado (ou do quão caro ele custa).

Ou quem sabe um desempenho de um Celta 2014 (mas pagando o preço de uma Ferrari).

Eventuais correções de design não são possíveis ou pouco prováveis para o iPhone 15, o que pode condicionar a Apple a solucionar o problema através do software a todo custo. E a gigante de Cupertino terá que trabalhar pesado neste aspecto para não reduzir demais o desempenho do seu poderoso processador.

Aqui, dá para dizer que chega a ser uma piada nefasta: você paga por um foguete, mas não pode usar todo o potencial de propulsão. É como pagar pelo buffet livre, mas ser limitado a pegar dois pedaços de carne.

Em todos os casos mencionados, isso é algo extremamente frustrante.


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