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O brasileiro entendeu que a pirataria não vale mais a pena

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Podemos dizer que a batalha da indústria do entretenimento contra a distribuição de conteúdos por meios, digamos “alternativos” começou com o nascimento do Naspter em 1999. O aplicativo que distribuía arquivos de música em MP3 ficou popular em tempo recorde, pois mostrou uma nova forma de consumo e compartilhamento musical, que deixou o pessoal do Metallica e toda a indústria fonográfica irritadíssima.

Depois disso, não teve volta. eMule, Kazaa, Torrent e vários outros softwares de compartilhamento de mídia apareceram, mudando para sempre a forma em como eu, você e metade das pessoas que você conhece consomem música.

Aliás, a indústria do entretenimento como um todo teve que se curvar para os novos formatos de consumo de conteúdo. Primeiro, veio a Apple com o iTunes, oferecendo faixas musicais com preços muito baixos com maior margem de lucro para os artistas. Depois, veio a Netflix com o streaming de vídeo, temporadas completas, conteúdos originais e exclusivos e reprodução de filmes e séries em vários outros dispositivos, e não apenas na TV.

Sem falar no Spotify, que se tornou “a Netflix do streaming musical”, com o mesmo modelo de negócio e como uma dominância enorme.

Pois bem, a mudança aconteceu com usuários de todo o mundo… incluindo o Brasil, é claro. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), na mais recente edição do seu relatório “Retratos da Sociedade Brasileira”, revela que os brasileiros estão adquirindo menos produtos piratas do que os dados registrados pelo estudo em 2013.

 

 

O brasileiro está aceitando pagar para ter serviços originais

De acordo com o estudo realizado e publicado pela CNI, entre 2013 e 2019, o percentual de brasileiros que nunca compraram produtos piratas aumentou de 28% para 45%, o que já é uma porcentagem muito expressiva quando levamos em consideração que esse é o povo que se orgulha em carregar no peito o rótulo do “o brasileiro adora levar vantagem em tudo”.

Para o grupo de usuários que afirmam que compram produtos piratas de vez em quando, foi registrada uma queda de 34% para 23%. E os usuários que assumem o tapa olho sem qualquer culpa, afirmando que adquirem produtos ilegais com frequência caiu de 13% para 7%.

Os homens (59%) são aqueles que mais compram produtos ilegais, mesmo que de forma ocasional. Na maioria, são jovens entre 16 e 24 anos (71%). Conforme a pessoa vai ficando mais velha (e mais consciente sobre o quanto isso é errado – ou passa a ter dinheiro para comprar produtos originais), a porcentagem da ilegalidade vai caindo, chegando aos 28% entre os brasileiros com 55 anos ou mais.

O relatório deixa claro que a mudança do comportamento do brasileiro em relação aos produtos originais e/ou piratas aconteceu principalmente por causa da popularização das plataformas de streaming de música e de vídeo (Spotify, Netflix, etc), o que ajudou a reduzir drasticamente a procura por CDs e DVDs piratas.

Algo bem lógico, pois com os preços pagos por CDs ou DVDs de procedência duvidosa, você paga com relativa facilidade um bom plano das plataformas de streaming, recebendo assim milhões de músicas e milhares de filmes e séries com alta qualidade.

O estudo também mostrou que o brasileiro também está comprando mais pela internet (de 23% em 2013 para 42% em 2019), e quanto maior a renda familiar dos brasileiros, maior é o volume de pessoas que compram online.

 

 

Via Telesintese


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