Há quase 15 anos, as coisas eram bem diferentes do que são agora. A revolução dos smartphones ainda caminhava a passos lentos, e a batalha pelos desktops estava em pleno auge, com um suado Steve Ballmer berrando que “o Linux é um câncer”. Desde então, a relação entre Microsoft e Linux/Open Source mudou de forma radical.
Isso fica bem claro com um anúncio surpreendente: a disponibilidade de uma nova certificação MCSA (Microsoft Certified Solutions Associate) para profissionais que querem receber esse título no âmbito do Linux sobre o Azue. Essa iniciativa não é só uma coisa da Microsoft: a própria Linux Foundation está colaborando com a gigante de Redmond, em um movimento que une mais do que nunca dois mundos que até então eram antagônicos.
Faz tempo que a Microsoft oferece surpresas em todos os âmbitos. Esta é uma empresa que parece ter aprendido a escutar os seus usuários e o mercado, adotando mudanças radicais em uma estratégia onde eles se abrem em todos os tipos de âmbitos que antes pareciam vetados aos desenvolvedores e soluções da empresa.
O protagonismo que o Linux possui nos servidores é enorme, e o impulso do Linux no Azure começa a ser algo notável. A Microsoft assinou recentemente um acordo com a Red Hat para oferecer soluções empresariais baseadas nos serviços e soluções da Red Hat sobre a plataforma na nuvem da Microsoft, e o suporte de distribuições Linux no Azure é bem amplo.
Para obter essa nova certificação, será necessário superar dois exames: o Microsoft Exam 70-533 (Implementing Microsoft Azure Infraescructure Solutions) além de um da Linux Foundation, o Certified System Administrator (LFCS).
Isso, combinado aos últimos esforços da Microsoft no âmbito do Open Source, deixam claro que as coisas estão mudando na gigante de Redmond. E mudando para melhor, felizmente.