João Rezende “pediu pra sair”, e renunciou ao cargo de presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Alegando “motivos pessoais”, João abandona o posto no dia 26 de agosto. Seu mandato terminaria em dezembro. Será substituído por Juarez Quadros, ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso (2002-2003).
A saída de Rezende foi negociada entre Gilberto Kassab (ministro das Comunicações), o presidente interino Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, este último desejando indicar alguém do PMDB para o cargo. Fato é que a troca é mais que bem vinda para evitar absurdos futuros em relação às políticas da internet brasileira.
Quadros tem experiência em cargos de empresas estatais de telecomunicações, enquanto que Rezende não era um dos nomes mais bem vistos, ainda mais com o fato de ter seu nome ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo, réu na Operação Custo Brasil por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Avanços e polêmicas na presidência da Anatel
Rezende conduziu de forma questionável os leilões das frequências 4G, ofertando a faixa de 700 MHz ainda ocupada pela TV analógica, já que seu desligamento sofreu vários adiamentos. Por outro lado, também tornou a Anatel um pouco mais transparente, abriu o mercado de TV por assinatura e defendeu que os modelos de telecomunicações com trâmites pelo Congresso.
Porém, seu nome foi considerado odiado por defender o limite da banda larga fixa, afirmando que os usuários de jogos online prejudicavam outros usuários de banda larga, por consumirem muita banda. Uma idiossincrasia sem tamanho.