A Huawei está deixando muita gente confusa sobre o seu novo sistema operacional. Primeiro, era um ambicioso substituto do Android. Depois, o HongMeng OS orientado para a Internet das Coisas e para a indústria, com os smartphones recebendo um projeto dedicado. Mas agora, parte das dúvidas foram dissipadas, uma vez que o HarmonyOS foi apresentado oficialmente.
O novo sistema operacional da Huawei é baseado no microkernel e no Open Source, e é pensado nos smartphones, notebooks e dispositivos inteligentes para o lar, cumprindo os prognósticos mais ambiciosos sobre as áreas que o software poderia cobrir. O que é uma boa notícia, uma vez que a concorrência acabou de aumentar.
Lembrando que, nesse momento, a Huawei reforçou que continua utilizando o sistema operacional Android como sua principal plataforma para smartphones. Mas o aviso para o futuro foi dado, e é bem claro para qualquer um entender a direção que a empresa chinesa abraçou para si.
HarmonyOS, uma resposta que terá algumas dificuldades para ser ouvida (nos EUA)
O HarmonyOS é a resposta da Huawei ao desafio lançado pela administração Donald Trump na guerra comercial com a China. A ideia é que o novo sistema operacional seja incorporado em produtos como TVs ainda em 2019 (mas outras fontes já indicam que o SO pode chegar nos futuros smartphones da empresa ainda este ano), para depois ser distribuído em outros dispositivos nos próximos três anos.
A disponibilidade do HarmonyOS é limitada por enquanto à China, país onde as empresas ocidentais precisam lidar com as limitações e restrições impostas por Trump, o que deve impulsionar a Huawei no mercado doméstico. Porém, com um mundo preso ao Android e o WhatsApp que se transformou no ditador que decide qual é o sistema operacional que vai sobreviver (ou não), pode ser muito difícil para esse SO prosperar fora do seu país de origem.
Mas o surgimento do HarmonyOS por si depois do início da guerra comercial entre Estados Unidos e China fará com que o novo software tenha mais dificuldades para entrar no mercado norte-americano, uma vez que a Huawei está na lista com outros 60 afiliados que restringe as empresas com sede no país norte-americano em fazer negócios com eles.
Isso dificulta a vida da Huawei em ter negócios com gigantes como Google e Intel, colocando em xeque o futuro da empresa no segmento mobile. E tudo indica que esse cenário já está afetando negativamente a imagem da empresa.
A dificuldade em avançar com o HarmonyOS além da China força a Huawei a ter que reafirmar o seu compromisso com o Android, mas podemos afirmar que a empresa está sim desenvolvendo uma alternativa real ao Android, e pode prosperar na sua tentativa, mesmo que o alcance seja o mercado doméstico.
Via Huawei Mobile