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É seguro usar o iPhone 12 neste momento?

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Informação é poder.

O iPhone 12 voltou a ficar em evidência, depois da proibição das vendas do modelo na França, sob as acusações dos elevados níveis de radiação emitidos pelo dispositivo e sua conformidade com os regulamentos europeus.

A questão central aqui é a radiação. Embora seja um termo que frequentemente provoque preocupações e debates acalorados, é importante entender que a radiação em questão é do tipo não ionizante.

Isso significa que ela não possui energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos, como é o caso da radiação ionizante. Mas isso não significa que seja completamente inofensiva. A verdadeira preocupação reside na potência dessa radiação.

E é sobre isso (e outras coisas) que vamos conversar hoje.

Onde está o problema no iPhone 12?

De acordo com as regulamentações da União Europeia, existe um limite estabelecido para a quantidade de radiação que os dispositivos podem emitir em várias situações de uso. A Taxa de Absorção Específica (SAR) é o parâmetro-chave que mede a quantidade de potência de radiofrequência absorvida pelo corpo durante a utilização do dispositivo.

Nesse contexto, a preocupação é particularmente com o contato direto do iPhone 12 com as extremidades do corpo humano, como quando é segurado na mão ou colocado no bolso das calças. Ou seja, usar um fone de ouvido Bluetooth para a comunicação não resolve o problema por completo, pelo menos em teoria.

O regulador francês, a Agence Nationale des Fréquences (ANFR), conduziu uma análise minuciosa e descobriu que o iPhone 12 estava emitindo uma taxa de 5,74 W/kg, um valor que excede em 43,5% o limite máximo permitido de 4 W/kg.

Essa descoberta levou à ação imediata por parte das autoridades francesas, exigindo que a Apple retirasse todos os iPhones 12 do mercado francês.

 

Qual é o verdadeiro risco oferecido pelo iPhone 12?

Embora a medida possa parecer extrema, é importante ressaltar que a radiação não ionizante, mesmo em níveis elevados, é geralmente considerada menos perigosa do que sua contraparte ionizante. No entanto, as regulamentações da União Europeia estabelecem limites rigorosos para garantir a segurança dos consumidores.

Além disso, é essencial compreender que os testes realizados muitas vezes forçam os dispositivos a operar em níveis máximos de radiação, o que raramente ocorre no uso cotidiano.

Dito isso, fica a pergunta de R$ 1 milhão: é seguro usar o iPhone 12?

A resposta, em sua maioria, é: sim.

Os níveis de radiação detectados no teste ainda estão bem abaixo do que é considerado inseguro. No entanto, como qualquer medida de segurança, há nuances a serem consideradas.

Cada pessoa é única, e enquanto a maioria das pessoas não experimentará efeitos adversos, há sempre a possibilidade de que alguns indivíduos possam ser mais sensíveis à radiação, mesmo em níveis relativamente baixos. E é pensando nas exceções da regra que as medidas preventivas são tomadas.

 

O que podemos fazer a respeito neste momento?

Quanto ao que deve ser feito, tanto os consumidores quanto a Apple têm um papel a desempenhar.

Para os usuários do iPhone 12, é aconselhável adotar medidas preventivas sensatas, como usar fones de ouvido para minimizar o contato com o dispositivo durante chamadas, reduzir o uso em áreas com má cobertura, ou manter o telefone em locais afastados do corpo, como bolsos de jaquetas.

Também é recomendado deixar o iPhone 12 na mochila ou bolsa, mas isso pode afetar a sua capacidade de recepção do sinal.

Já a Apple deve lançar uma atualização de software que limite a potência máxima da antena do iPhone 12. Dessa forma, a empresa pode garantir que o dispositivo nunca emita radiação com potência superior aos limites legais.

Curiosamente, a suspeita sobre o problema recente recai sobre uma possível atualização de software que permitiu que a antena operasse com maior potência, levando à violação dos limites de SAR.

A França não está sozinha nesse debate. Outros países europeus também estão atentos à situação, e a União Europeia estabeleceu limites rigorosos para a segurança dos consumidores em toda a região. Espera-se que a Apple tome medidas semelhantes em relação a esses países, evitando assim possíveis proibições e garantindo a segurança de seus usuários em todo o continente.


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