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“Don’t Be Evil”? Puro marketing do Google!

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A publicação de Ross LaJeunesse no Medium explicando os motivos pelos quais ele deixou o posto de chefe de Relações Internacionais do Google dá o que falar. No texto, ele afirma que foi expulso da empresa por tentar proteger a liberdade de expressão e a privacidade na China.

 

 

Quando o Don’t Be Evil ainda importava

LaJeunesse afirma que o Don’t Be Evil era apenas mais uma ferramenta de marketing da empresa, onde o ambiente laboral era turbulento, com “os colegas mais experientes gritavam com as mulheres, que choravam” em seus postos de trabalho. Ele afirma que “defender as mulheres, a comunidade LGBTQ, aos colegas de cor e os direitos humanos custou a minha carreira”.

LaJeunesse afirma que, depois de 11 anos trabalhando para proteger os direitos humanos na China, ouviu que já não havia mais trabalho para ele depois de uma “reorganização” da empresa. Ele decidiu romper o silêncio uma vez que ele é candidato a senador pelo estado de Maine.

Em 2020, quando LaJeunesse trabalhava no Google, havia uma versão do buscador na China enquanto a empresa ainda abraçava o mantra Don’t Be Evil. A situação mudou depois de uma tentativa de hack contra os fundadores do Google (Larry Page e Sergey Brin) e um aumento de processos de censura.

https://twitter.com/RossforMaine/status/1212809189589803008

Esses dois fatores resultaram no fim da “parceria” entre o Google e o governo chinês. O próprio LaJeunesse foi o encarregado em executar a decisão que acabou com a censura dos resultados de busca na China, priorizando assim os direitos humanos sobre os resultados financeiros.

Conforme o Google crescia e seus fundadores estavam menos envolvidos com tais causas, LaJeunesse afirma que notou uma mudança importante na forma em que a empresa olharam para os direitos humanos.

O Google voltou a tentar lançar um produto de buscas na China, mas cada vez cedendo mais para a censura do governo daquele país. Ele também garante que descobriu que a empresa estava fechando de forma ativa acordos com países que contam com antecedentes de abusos de direitos humanos.

Em março de 2017, o Google recebeu muitas críticas por permitir que um aplicativo na Play Store controlasse os locais para onde viajavam as mulheres chinesas. E em dezembro do mesmo ano, a empresa anunciou o seu centro de inteligência artificial em Pequim.

Esse último evento marcou um antes e um depois para LaJeunesse no Google, que é acusada de não ter informado com antecedência suficiente sobre esse anúncio para os responsáveis das relações internacionais da empresa.

“Foi algo que me surpreendeu por completo, deixando claro que não tinha mais a capacidade de influenciar nos desenvolvimentos de produtos e negócios que a empresa estava gerenciando”.

Sem falar que LaJeunesse tentou criar um conjunto de princípios de direitos humanos para conduzir a empresa em decisões de mercado e de produtos, mas garante que tais iniciativas foram rechaçadas mais de uma vez. “Justo quando o Google precisava dobrar o seu compromisso com os direitos humanos, decidiu no lugar perseguir lucros maiores”.

Em 2019, depois de 11 anos trabalhando para o Google, LaJeunesse foi convidado a se retirar. Ele contratou um advogado, e a empresa então ofereceu um cargo menor, algo que ele recusou. Por fim, ele abandonou a gigante de Mountain View em maio.

 

Via Medium


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