Para aquelas pessoas que sempre ficaram preocupadas com o nível de radiação emitido pelos smartphones comercializados no Brasil, eu trago notícias que podem deixar esse grupo de usuários um pouco mais calmos (porque ficar tranquilo no Brasil de hoje é para poucos).
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realizou um estudo que envolveu a análise de dados de mais de 18 mil dispositivos homologados no Brasil, e os resultados são positivos nesse aspecto. A maioria desses dispositivos emitem uma radiação abaixo do limite máximo de SAR recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 2W/kg.
Para muitos leitores do TargetHD.net, essa questão da radiação emitida pelos celulares é de pouca importância. Mas para outros tantos que estão preocupados com a sua saúde no futuro, o tema ganha cada vez mais ênfase. Parte da popularização dos fones de ouvido sem fio acontece por causa dessa preocupação com a radiação. Porém, até esses fones podem emitir radiação, e é importante você saber que, de acordo com a Anatel, esses produtos são seguros.
Para quem não sabe, o SAR é um teste que mede a taxa de radiação eletromagnética emitida por dispositivos sem fio que é absorvida pelo corpo humano, principalmente na região da cabeça e do tronco. Há quem diga que, com o passar do tempo, essa radiação que o corpo recebe pode trazer danos ao cérebro humano, mas nenhum estudo é conclusivo nesse sentido.
Como a Anatel realizou os testes?
A Anatel analisou os dispositivos que passaram pelo seu processo de homologação nos últimos seis anos, onde 12 mil desses produtos são smartphones ou celulares. O estudo revela que a média das medições dos dispositivos compatíveis com as redes 3G apresentou um valor de 0,428 W/Kg. No 2G, a média foi de 0,341 W/Kg, e o 4G registrou uma média de 0,291 W/Kg.
O que podemos concluir aqui?
Que a evolução das redes não necessariamente representa um aumento nos níveis de radiação dos dispositivos. E esse tipo de análise da Anatel ajuda (em partes) a derrubar o mito que a implementação e adoção das redes 5G pode significar um aumento de radiação nos dispositivos e, consequentemente, para o usuário final.
E é importante lembrar que não são apenas os smartphones e celulares os dispositivos que precisam passar pela análise do SAR. Modems WiFi (0,210 W/Kg) e dispositivos Bluetooth – como são os agora muito populares fones de ouvido sem fio (0,192 W/Kg) – também estão muito abaixo do limite máximo estabelecido pela OMS (2 W/Kg), ou seja, não são prejudiciais à saúde.
Não se deixe enganar pela desinformação
Ou seja, amigo leitor, pode ficar despreocupado. Se nem o 4G causa malefícios para a sua saúde, não será o 5G, uma tecnologia superior, que vai provocar esses danos. Pode ficar despreocupado com as radiofrequências utilizadas pelas novas redes de telecomunicações. E qualquer dispositivo de radiofrequência que chega ao mercado brasileiro precisa passar pelos testes laboratoriais certificados pela Anatel antes de ser distribuído para o grande público, o que reforça essa ideia de dispositivo seguro para o uso.
A Anatel adota o valor máximo do SAR estabelecido pela OMS (2 W/Kg) para homologar os produtos de radiofrequência que chegam ao Brasil. Lembrando que esse valor não é o mesmo para todos os países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o limite do SAR é de 1.6 W/Kg. Na Alemanha, o limite é ainda mais rígido: 0.60 W/Kg.
Por outro lado, é direito seu se manter preocupado, mesmo depois de tudo o que você leu nesse texto. Meu conselho é seguir utilizando fones de ouvido (com ou sem fio) para se manter distante do telefone durante as conversas telefônicas. É uma forma de absorver uma menor quantidade de radiação (que já é bem pequena, como você mesmo pode comprovar).
Via Minha Operadora