Uma oportunidade rara permitiu que poucos vislumbrassem os bastidores da produção dos tão cobiçados smartphones Samsung Galaxy Flip, Fold e S23 Ultra. Essa incursão no coração da inovação revelou um templo tecnológico onde a busca pela perfeição atinge níveis quase patológicos.
A central de produção da linha Galaxy, que vai muito além do que se poderia chamar simplesmente de “fábrica”, está presente em diversos pontos no planeta, mas uma das mais impressionantes é o complexo de Gumi, localizado na Coreia do Sul, a cerca de 350 quilômetros ao sul de Seul.
Conhecer parte da mágica que é a fabricação de um smartphone como esse é uma forma de também compreender como um smartphone da Samsung pode abrigar o que há de mais moderno no mundo da tecnologia.
E é isso o que você vai conhecer a partir de agora.
A relevância dos smartphones para a Samsung
Os Galaxy entraram no cenário tecnológico logo após a estreia do iPhone, em um momento em que a Nokia estava à deriva, sob o impacto da Apple. Com o Android ganhando forma e o mundo das telas sensíveis ao toque ainda em seus primórdios, os telefones Galaxy surgiram como uma alternativa ambiciosa e ousada, desafiando o “status quo” estabelecido pelas marcas que já estavam no mercado de telefonia móvel.
Inicialmente, talvez não fossem mais que apenas “mais um celular disponível no mercado”. Porém, sua explosão comercial foi uma surpresa avassaladora.
O sucesso dos Galaxy foi e continua sendo um pilar fundamental na economia da empresa. O foco na precisão e inovação é evidente na fábrica de Gumi, onde um complexo de quase 330.000 m² abriga uma equipe de quase 8.000 funcionários.
Cerca de 18 milhões de unidades saem dessas instalações anualmente, contribuindo significativamente para a produção global. Essa gigantesca operação é apenas uma parte de uma armada global de fábricas que juntas têm a capacidade de produzir impressionantes 320 milhões de unidades de smartphones Samsung Galaxy por ano.
Como um Samsung Galaxy é fabricado
A precisão é a obsessão que move essa fábrica rumo à excelência. A jornada começa com o baile incessante dos robôs, acompanhado por sensores minuciosos e câmeras de alta precisão que não deixam passar nenhum erro.
O processo de montagem é uma coreografia complexa, onde peças são cuidadosamente colocadas para dar vida à estrutura dos dispositivos. Uma das características notáveis é a montagem da dobradiça dos telefones dobráveis, composta por 41 peças no caso dos modelos da linha Fold, e 45 nos telefones da série Flip. Robôs altamente especializados executam movimentos vertiginosos, enquanto fitas transportadoras desempenham seu papel na distribuição dessas peças cruciais.
A preocupação com a precisão continua à medida que os componentes são inseridos no corpo do dispositivo. Cada tela e peça é encaixada com meticulosa precisão. O processo envolve uma complexidade impressionante, mas graças a sistemas coordenados, tudo acontece com fluidez.
Os testes dos dispositivos que estão na linha de produção não dão trégua, com câmeras e sensores avaliando detalhadamente cada aspecto do dispositivo. Desde a resistência à água até a conectividade WiFi, nada passa despercebido, com um controle de qualidade elevado para oferecer uma excelência para cada dispositivo.
Conheça “A Granja”
Um destaque peculiar na fábrica de Gumi é a “The Farm” (A Granja), onde inúmeros dispositivos parecem aguardar tranquilamente. No entanto, essa aparente tranquilidade esconde uma realidade dinâmica.
Aqui, os dispositivos são testados remotamente, analisando funções e comportamentos sob diferentes cenários. Essa abordagem permite simular anos de uso em questão de horas, oferecendo insights valiosos para aprimoramentos.
No centro de toda essa operação está um sistema de Business Intelligence, que analisa dados para prever falhas e otimizar o desempenho, não apenas dos dispositivos, mas também dos processos de fabricação. Ou seja, não estamos falando apenas de testes de durabilidade, mas também uma análise profunda na prevenção de problemas nos dispositivos.
A incessante busca pela excelência se estende além da produção, com a Samsung mantendo um museu dedicado à evolução da telefonia móvel. Com mais de 2.200 modelos exibidos, essa galeria escura se ilumina, revelando uma jornada pela história da tecnologia.
Diante de tantos fatos apresentados, é inegável que a Samsung não apenas construiu uma filosofia de trabalho na produção de smartphones, mas também uma cultura voltada para a telefonia móvel, que se estendeu para outros produtos pensados na mobilidade. A empresa sul-coreana deixou de ser “mais uma” ou “uma cópia da Apple” para entregar identidade própria.
E tudo isso fez da Samsung a empresa líder global em vendas no mercado de smartphones.
Nota do editor: este artigo não foi patrocinado. Mas poderia.