A China aprovou recentemente uma nova lei anti-terrorista que realiza alguns dos sonhos de algumas agências de inteligência. Agora, autoridades do país asiático poderão exigir que as empresas “ofereçam suporte técnico e assistência, incluindo a descodificação de dados”.
Vários veículos interpretaram essa como a possibilidade do governo chinês poder exigir as chaves de codificação das empresas. O governo chinês alega que quer garantir o acesso à informações sensíveis por questões de segurança nacional, mas bem sabemos quais são as reais intenções desse ato: controlar ainda mais a população.
As autoridades chinesas insistem que o movimento é mais um na luta contra o terrorismo, fazendo alusão às milícias e separatistas presentes na região ocidental de Xinjiang, onde centenas de pessoas morreram por conta da violência nos últimos anos.
Pese a tudo isso (e como consolo), a Assembléia Nacional da China não conseguiu chegar a um acordo para implementar backdoors em sistemas operacionais, aplicativos e serviços, tal e como estava inicialmente planejado. Além disso, esta lei permitirá o envio de tropas ao estrangeiro com a finalidade de combater o terrorismo.
A lei aprovada na China pode servir de “inspiração”b para outros países que, pelo mesmo motivo, iniciaram suas guerras particulares contra a codificação de dados e a privacidade dos usuários. A lei recém aprovada na China entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2016.