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Chegou a hora de aumentar a espessura dos smartphones em nome de uma maior autonomia de bateria

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Quem sou eu para dizer o que o mercado de telefonia móvel deveria fazer para me agradar, mas… faz tempo que os smartphones estão ficando cada vez mais finos, e isso está sacrificando a autonomia de bateria dos dispositivos.

E isso é algo que realmente me irrita. Há quase 10 anos que estamos discutindo sobre a relação entre a espessura dos smartphones e sua autonomia de bateria, e a impressão que fica é que o debate não vai terminar tão cedo.

A indústria de smartphones atingiu um estágio de maturidade, onde grandes avanços são mais difíceis de alcançar, com exceção de inovações de design como no caso dos telefones dobráveis. Então, é justo que se pergunte: não é melhor ter telefones mais espessos em nome de uma maior autonomia de bateria?

 

O cenário de momento

Vários smartphones foram lançados em 2023, tal e como aconteceu nos anos anteriores. Por isso, é importante observar esses lançamentos para entender melhor o cenário de momento na espessura dos telefones.

Vamos categorizar os smartphones com base em sua espessura. Existem os dispositivos com menos de 7 mm que, em sua esmagadora maioria, são os smartphones dobráveis. A maioria dos telefones comercializados neste momento com o design tradicional contam com espessura variando entre 7,5 mm e 9 mm.

O smartphone mais fino do mercado é o Honor V Purse, um smartphone dobrável com 4,3 mm de espessura. Entre os dispositivos de formato tradicional ou barra, o Huawei Nova 11 é o que recebe a menor espessura, com 6,9 mm.

E eu entendo perfeitamente a evolução de design dos telefones. É realmente desconfortável usar um smartphone espesso na calça, com aquele volume que dá a impressão de que você é um tarado. Mas telefones muito finos resultam em uma menor autonomia de bateria, e isso é um problema para mim e para muita gente.

Mas pode ser que eu seja uma voz isolada no meio da multidão. Então, vamos ver o que as outras pessoas pensam sobre esse assunto.

 

A voz do povo

Em 2022, o site Android Authority realizou uma pesquisa perguntando aos usuários sobre a importância da espessura de seus smartphones. A pesquisa teve mais de 5.000 respostas.

A opção que recebeu quase a metade dos votos na pesquisa indica que a espessura pode não ser uma preocupação se o dispositivo oferecer uma bateria de alta capacidade e, como resultado, maior autonomia. Ou seja, exatamente a mesma opinião que a minha.

Se a maioria dos usuários não se importa com a baixa espessura dos telefones desde que isso resulte em uma autonomia de uso maior, o que impede os fabricantes em entregar o que a maioria deseja?

De qualquer forma, os smartphones passaram por diversas fases e mudanças de design. No começo, eles eram enormes, e foram diminuindo de tamanho em nome da portabilidade. Depois, aumentaram a espessura para abrigar as telas que iriam exibir as interfaces visuais, os apps, páginas de internet e conteúdo multimídia, mas reduzindo a espessura devido à miniaturização dos componentes internos.

Depois, os smartphones ganharam mais recursos, como múltiplas câmeras, reconhecimento facial e outros componentes que aumentaram a sua largura e espessura. Mas os últimos avanços não resultaram em um aumento na bateria ou autonomia de uso, e os fabricantes optaram por manter aquele dia de uso na maioria dos modelos.

Repito: será que não está na hora de reconsiderar a importância da espessura de um smartphone em prol de uma bateria mais duradoura? Afinal de contas, a autonomia é um dos aspectos mais valorizados entre os usuários. Então… por que não atender ao clamor desse povo?

Talvez seja aceitável a chegada ao mercado de smartphones com 9 ou 9,5 mm de espessura, desde que isso resulte em uma bateria substancialmente melhor. Especialmente em modelos considerados tops de linha.

De certo modo, isso já acontece nos dispositivos de entrada e de linha média. Vários telefones intermediários já contam com baterias com 6.000 mAh ou mais, entregando dois ou mais dias de autonomia. Esse modelo de negócio poderia ser reproduzido nos dispositivos mais caros.

Quem sabe com a decisão da União Europeia que determinou a volta dos smartphones com baterias removíveis pode resultar em uma pequena revolução neste aspecto. Para os dispositivos com bateria selada, cabe aos fabricantes em atender as preferências e expectativas dos usuários.

E fico feliz por dessa vez não estar sozinho nesta perspectiva de desejar uma autonomia de bateria maior em detrimento à baixa espessura.


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