A NVIDIA anunciou em seu evento na CES 2015 a evolução do processador Tegra K1. O Tegra X1 foi apresentado pelo CEO da empresa, Jen-Hsun Huang, e chega para ser integrado em dispositivos móveis e veículos.
O novo chip conta com arquitetura de 64 bits, com uma configuração de oito núcleos principais e 256 núcleos na parte gráfica (eram 192 núcleos gráficos no Tegra K1). O modelo usa a mesma tecnologia introduzida nas unidades de processo gráfico de escritório, Maxwell.
Suas principais características são:
– Oito núcleos (4 ARM Cortex A57 + 4 ARM Cortex A53)
– GPU Maxwell com 256 cores
– Tecnologia de fabricação de 20 nanômetros
– Suporte de vídeo 4K a 60 FPS (H.265, H.264 e VP9)
– Memória RAM LPDDR4
A ideia da NVIDIA é transferir o que eles criaram para os desktops para os dispositivos móveis. Fizeram isso com o Kepler, e devem fazer o mesmo com o Maxwell. Nos seus testes, o Tegra X1 é capaz de alcançar o dobro de desempenho do Tegra K1, aproximando as distâncias estabelecidas no desenvolvimento para desktops e notebooks, implantando inclusive motores gráficos.
Nas demonstrações, eles apresentaram uma demo de Elemental, jogo baseado no motor Unreal Engine 4. Com um desempenho muito bom – em se tratando de uma versão móvel do Maxwell -, foi possível encontrar algumas imperfeições com efeitos mais complexos. Mas não podemos pedir muito mais que isso, certo?
A NVIDIA promete melhorias importantes no consumo, e garantem que o Tegra X1 é muito mais eficiente energeticamente que o modelo lançado no ano passado. Na execução de Elemental, o chip não chegou aos 10 watt, comparados com os 100 watts que um Xbox exige para execução, ou os 300 de um placa gráfica da própria NVIDIA.
Abaixo, o curioso gráfico comparativo de desempenho, que conta inclusive com o A8X da Apple (por que sera? #ironic).
O novo Tegra X1 é compatível com os mais recentes formatos de vídeo, gerenciando sem problemas os fluxos de informação em 4K/60 FPS. Levando em conta as novas telas com essa resolução, ou os diferentes aplicativos fora do mundo mobile, é algo que precisamos levar em consideração.
O NVIDIA Tegra X1 também mira para o mundo automotivo. Quer ser o cérebro dos sistemas integrados nos carros, mas pode também estar em todas as telas possíveis dentro dele (navegação, treinamento, informação, etc).
O DRIVE PX conta com duas unidades do Tegra X1, e é pensado nos veículos, com destaque para a possibilidade de gerenciar até 12 câmeras ao mesmo tempo, processando 1.3 bilhão de pixels por segundo.
A ideia da NVIDIA é propor uma solução de hardware para os desenvolvedores de carros autônomos, ou com avançados sistemas de detecção. O sistema pode criar um modelo do entorno do veículo, controlando a distância com outros elementos. Também pode ser utilizado para estacionar o carro de forma automática.
Por outro lado, temos a NVIDIA DRIVE CX, que podemos considerar como o equipamento que dá forma à informação e entretenimento dentro do veículo. A ideia é que ele possa gerenciar mais de uma tela (até 4 telas HD), aproveitando sua potência.Ele é pensado para trabalhar em conjunto com os principais sistemas do mercado, como QNX, Linux ou Android.
A NVIDIA também pensou nos fabricantes que querem tirar partido da potência gráfica, mas não são especialistas na criação de interfaces gráficas. Para isso, eles apresentam o NVIDIA DRIVE Studio Software, onde os designers podem criar quadros de controle, integrar sistemas de navegação e outros recursos.
Via Nvidia