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A Apple te enganou com a bateria do iPhone 15

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Que a Apple enfrenta problemas recorrentes com as baterias de diversos modelos do iPhone, isso não é novidade. O que chama a atenção aqui é que a gigante de Cupertino mentiu para todo mundo neste aspecto na nova geração do seu smartphone.

Tanto o iPhone 14 como o novo iPhone 15 estão apresentando problemas de autonomia, gerando preocupações na comunidade. E nem poderia ser diferente: o cidadão paga caro por um smartphone para não poder usar o dispositivo longe da tomada de forma decente por pelo menos um dia completo de atividades.

Vamos entender melhor o que está acontecendo, e quais são as providências que podemos tomar diante de tal cenário.

 

A rápida degradação da bateria (para variar)

Muitos usuários do iPhone 14 notaram uma rápida degradação da saúde da bateria em apenas um ano de uso. E isso aconteceu antes mesmo da atualização dessa geração para o iOS 17, indicando que o problema existe faz tempo.

Para piorar a situação, o recém-lançado iPhone 15 também está enfrentando o mesmo problema de degradação de bateria, ligando o sinal de alerta para um problema que se estende pelos diferentes modelos do telefone da Apple.

Mas… o que essas duas gerações do iPhone têm em comum?

Ambos os modelos utilizam células de bateria mais baratas, com apenas cerca de 600 ciclos de carga em média. E a dona Apple não contou isso para ninguém.

A degradação acelerada neste caso é atribuída à escolha de células de baixa qualidade, uma medida para reduzir custos de produção e, ao mesmo tempo, aumentar a margem de lucro da Apple por unidade vendida.

Na prática, você tem ciclos que duram menos que a média, promovendo dessa forma uma obsolescência programada: os usuários do iPhone ficam mais propensos a trocar a bateria do dispositivo antes do que seria o tempo ideal para essa manutenção…

…e a Apple, aquela safada, é quem lucra com isso!

 

Comparando com a concorrência

 

A maioria dos smartphones de alta qualidade que são enviados para o mercado neste momento recebem entre 800 e 1.600 ciclos de carga. Ou seja, a Apple está entregando MENOS CICLOS e cobrando MUITO MAIS por isso.

As baterias de 600 ciclos são geralmente usadas em dispositivos de alto desempenho, como aspiradores portáteis de alta potência. E a escolha da Apple até pode passar por uma adequação de performance, onde o iOS está otimizado para esse tipo de bateria.

Mesmo assim: considerando que o A16 Bionic e o A17 Pro são processadores com elevada demanda, a escolha da Apple neste caso é, no mínimo, contraditória. É mais fácil pensar que a gigante de Cupertino fez o cálculo pensando na ideia de induzir os usuários a trocar de bateria ou de telefone com maior frequência do que na garantia do melhor desempenho.

Até porque é de conhecimento público que o desempenho do iPhone cai de acordo com a queda na saúde da bateria.

Dito tudo isso e, de forma até surpreendente… o iPhone 15 não tem o mesmo desempenho de um aspirador de alta potência. Ele não se encaixa na categoria de dispositivos de alto desempenho quando comparados com um eletrodoméstico. Logo, os tais 600 ciclos de carga são insuficientes para um produto com as suas características.

Por isso, a decisão da Apple de usar células de baixa qualidade só pode ser vista como uma medida para economizar custos para ela mesma, e é considerada inaceitável para um dispositivo tão caro para o consumidor.

Só a Apple está ganhando com isso. Entendeu? Ou vou ter que desenhar?

 

A explicação técnica

Tá. Vou desenhar.

As células da bateria são uma espécie de proteção que cobre a pilha, funcionando como uma couraça durante o procedimento de recarga. A qualidade das células influencia diretamente na durabilidade da bateria.

Ou seja, células de baixa qualidade resultam em uma degradação mais rápida da bateria como um todo. E se o seu caro iPhone 15 perde a saúde de bateria mais rápido do que seria o correto ou justo, você sente a queda de desempenho do telefone mais rápido que o desejado.

Agora… pensar que a Apple faz tudo isso apenas para maximizar os seus lucros deve fazer com que eu, você e metade da torcida do São Paulo Futebol Clube repensem seriamente se vale mesmo a pena investir uma pilha de dinheiro no iPhone 15.

 

O que você pode fazer a respeito?

Além de não comprar o iPhone 14 ou iPhone 15, algumas medidas preventivas podem ser adotadas pelos proprietários dos dois telefones.

Os dispositivos Apple possuem uma função para verificar a saúde da bateria. A localização dessa função nos ajustes do iPhone é detalhada, permitindo que os usuários monitorem a saúde da bateria.

Pode parecer um grande problema fazer isso o tempo todo, mas é altamente recomendado verificar a saúde de bateria do seu iPhone com certa frequência e monitorar esse comportamento de degradação.

Lembrando sempre: um novo iPhone 15 deve ter 100% de capacidade. Se você acabou de ligar o seu iPhone novinho e ele está indicando uma porcentagem menor do que essa, use o seu direito de garantia global de 12 meses e peça a substituição imediata do telefone. Ou procure o serviço de assistência técnica autorizada da Apple para verificar o que acontece.

De qualquer forma, este artigo serve para alertar os usuários mais leigos sobre o que a Apple aprontou com a bateria dos novos iPhones. Se você vai investir o seu dinheiro nesse telefone após saber essa informação, ao menos está sabendo dessa exagerada degradação.

Vá por sua conta e risco. E boa sorte.


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