Para o bem ou para o mal, 2016 foi inesquecível na televisão. Por isso, compilamos as séries de TV que fizeram este singular ano valer a pena.
Se não enlouquecemos, ou se ficamos mais felizes (ou nem tanto), foi por causa dessas séries a seguir.
The Americans
Quatro temporadas que os defensores de The Americans a defendem com unhas e dentes como uma das melhores séries em exibição. E esse prestígio só aumenta com o passar dos anos.
Temos aqui um excelente drama com dilema moral, equilibrando com perfeição o drama familiar com as histórias de espionagem. Faz com que a gente se simpatize com o inimigo (os soviéticos), transformando os Jennings em heróis trágicos.
The Americans dá lições sobre a história recente da política internacional, mostrando um diabólico jogo de aparências, sem deixar claro quem é o gato e quem é o rato nessa história. Personagens à beira do abismo, em uma trama que torna o crível a coisa mais difícil de se assimilar.
The People v. O. J. Simpson: American Crime Story
A nova antologia de Ryan Murphy chamou a atenção por não deixar muitas dúvidas de que seria um grande sucesso.
Quem iria pensar que o julgamento de O. J. Simpson iria dar tanto o que falar 20 anos depois?
O contexto volátil da situação racial em Los Angeles, o mau comportamento da polícia local e a comunidade negra e do sexismo, principalmente o sofrido por Marcia Clark.
Tudo isso levou o sucesso da série.
Tivemos uma temporada muito divertida e interessante, e que ajuda a nos entender por que o veredito final do caso foi esse que nós hoje conhecemos.
Game of Thrones
É um fenômeno televisivo que agrada público e crítica.
Podemos nos preparar para mais mortes de personagens favoritos, um sinal de identidade da série da HBO. Precisou de algumas temporadas para ser a grande série que deveria ser.
Não só no tamanho, mas nas ambições e resultados.
Hoje, anda por conta própria, sem depender de George R.R. Martin. É uma série que hoje é grande, e voa livre.
Por conta própria.
The Night Of
A série da HBO mostra a investigação de um assassinato cujo maior suspeito é um jovem paquistanês que acorda ao lado do cadáver e afirma não reconhecer nada.
Bastaram oito episódios para ela se transformar em uma das melhores séries do ano.
É tensão até o último minuto. O remake da série britânica Criminal Justice amplia as suas possibilidades, envolvendo o telespectador em uma estética e narrativa fascinantes.
Lembrando que esta era para ser a série que marcaria a volta de James Gandolfini para a HBO. Infelizmente, ele faleceu antes.
Porém, John Turturro está impecável. Seu monólogo no season finale é digno de vários prêmios.
Estamos diante de um futuro clássico do catálogo da HBO.
Westworld
A obra audiovisual mais ambiciosa da temporada. A ideia de máquinas que podem decidir o que querem, mesmo bebendo de uma grande quantidade de fontes.
Um brilhante ensaio sobre a consciência, o livre arbítrio e a humanidade como formato de western. Uma produção que mostra o brilho de cada centavo investido pela HBO.
E alguns gurus ainda afirmaram que a Netflix iria enterrar a HBO… tolos…
BoJack Horseman
O que acontece quando os atores que protagonizam uma série de sucesso desaparecem?
Essa é uma das muitas perguntas que a série de animação responde.
Com um antológico episódio mudo, é uma das séries mais interessantes dos últimos anos.
A vida após a fama, o desespero dos mais acomodados diante do fracasso pessoal, e as 50 dimensões do auto desprezo. Nem todas as comédias conseguem manter a suspensão de credibilidade, ainda mais em um mundo onde os cavalos falam, pinguins são editores fracassados, e golfinhos fazem o twerk.
Stranger Things
O grande sucesso da Netflix na última summer season apostou na nostalgia dos anos 80. E o resultado foi uma das séries mais comentadas do ano.
Stranger Things teve força viral na abordagem das aventuras juvenis do passado, atirando em todos os alvos possíveis: amor materno, aventuras policiais, conspirações governamentais, o amor romântico pós-adolescente, mistérios alienígenas…
Tudo misturado. Não agitado.
Um resultado magnífico.
Regular Show
Para quem paga pau hoje para BoJack Horseman, saiba que Regular Show (no Brasil, Apenas Um Show) é uma animação que quebra as barreiras do tradicional a mais tempo.
Mais uma vez temos a nostalgia dos anos 80 como motor para eventos atuais, e mais uma vez temos uma série que dividiu a audiência entre quem era só criança daqueles que queriam se divertir com tudo o que era narrado no desenho.
Regular Show é um fluxo contínuo de referências retrô, que convencem as crianças do passado e do presente.
O vício por fliperamas, a descoberta do fast food, os filmes de John Hughes, Stephen King, perder o sono por conta de uma maratona de filmes, se tornar adulto e o Clube dos Cinco.
Alguns dos elementos que fazem desta uma das melhores comedias de animação de todos os tempos.