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Por que chamamos o smartphone de telefone quando não telefonamos para ninguém nos dias de hoje?

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Estamos vivendo o canto do cisne dos telefones?

Não estou afirmando que estamos vivenciando a decadência dos smartphones ou da telefonia móvel. Como produto de tecnologia de consumo, os chamados telefones inteligentes vão sobreviver por muitos anos em nossas vidas, e serão os dispositivos de referência por décadas.

Mas o ato de telefonar está entrando em extinção, pois as novas gerações estão perdendo o hábito de usar o smartphone ou o telefone celular para telefonar para outra pessoa.

As mensagens de texto através de aplicativos de internet se tornaram protagonistas, em um hábito que começou na década de 1990 com a popularidade das mensagens de texto via SMS. E hoje, ninguém mais pergunta para alguém pelo telefone: “Alô… com quem eu estou falando?”.

 

Uma geração que não conhece um telefone

Quando eu era um adolescente perdido lá na década de 1990, eu adorava telefonar para as pessoas. Antes, com o telefone fixo, que era bem caro para todo mundo. Depois, com o telefone celular, que era igualmente caro, mas que se popularizou em um segundo momento.

Hoje, mantenho o hábito de telefonar para as pessoas no smartphone, seja pelo WhatsApp ou utilizando o celular de forma convencional. Mas eu bem sei que sou uma espécie em extinção.

E é digno de se perguntar: por que eu e algumas pessoas ainda seguem telefonando para outras pessoas? E por que estamos fazendo isso pelos smartphones, dispositivos que não são mais utilizados pelo grande público para realizar chamadas telefônicas?

A grande maioria das pessoas enviam mensagens de texto, e apenas um décimo dos usuários ainda insistem em utilizar telefones fixos. Em compensação, 98,6% dos jovens adultos entre 25 e 34 anos utilizam as mensagens instantâneas como principal canal de comunicação.

No fundo, todos esses números são explicados pelos costumes construídos por cada uma das gerações. O que levamos no bolso hoje deixou de ser um telefone portátil faz tempo, se tornando um autêntico computador de bolso, de modo que dá pra fazer muito mais com o smartphone no lugar de simplesmente telefonar.

E vamos fazer essas outras coisas de forma prioritária.

 

A forma em que pensamos a tecnologia

Somos frutos do nosso tempo, de forma inevitável. Assim como as novas gerações, que convivem hoje com outras formas de se comunicar. E isso é uma regra natural da vida.

O normal é que eu e os usuários de tecnologia que contam com 40 anos ou mais ainda utilizem as chamadas telefônicas com maior frequência, pois esse era o principal formato de comunicação por voz em longa distância em nosso tempo.

E está tudo certo. A forma em como pensávamos a comunicação na época era essa. Hoje, a dominância da comunicação por texto está presente e devidamente consolidada junto aos mais jovens.

A tendência é que as pessoas só se comuniquem por texto no futuro, pela própria mudança natural do coletivo. Diante disso, é inevitável a pergunta: “será que estamos perdendo tempo em pensar nos smartphones como se fossem telefones móveis inteligentes?”.

Afinal de contas, os usuários hoje fazem qualquer coisa no dispositivo, menos realizar chamadas telefônicas. Logo, seria justo pensar em uma mudança de nome para esse dispositivo tão popular.


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