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Os jogos single player estão morrendo?

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Com a popularização dos eSports, MMOs e derivados, os jogos de narrativa multiplayer estão se tornando cada vez mais populares. Um claro exemplo disso é o sucesso de Fortnite. Logo, a pergunta do título não é descabida: os jogos single player vão morrer?

Os mais jovens, público-alvo típico do mundo dos games, hoje acompanham os seus youtubers favoritos em gameplays em grupo. Os jogos cooperativos são os que mais rendem visualizações e retornos comerciais dentro das plataformas de streaming de vídeo (dentro da categoria games, evidentemente).

O componente multiplayer é fundamental em jogos como Overwatch, Fortnite e Counter-Strike: Global Offensive. E, mesmo com enredos de jogos cinematográficos e personagens com histórias intrigantes (o que favoreceria à proposta single player), o modo multiplayer ganhou muita força.

O que é bom. O videogame deixou de ser uma prática solitária, e passou a ser uma ferramenta de entretenimento social online. É claro que alguns arranca-rabos online vão surgir, mas esse problema pode acontecer também no mundo real.

O apelo do gameplay se tornou peça fundamental a profusão dos títulos de grande sucesso no mundo dos games nos últimos anos. Exemplos: The Last of Us, God of War, Horizon Zero Dawn, The Witcher 3, Skyrim, a Trilogia Mass Effect, Nier: Automata, a série Uncharted, Persona 5, entre outros.

 

 

Aqui, a Nintendo merece menção honrosa por saber se reinventar, se adaptando aos novos tempos. Entrega jogos como Super Mario Odyssey e The Legend of Zelda: Breath of the Wild, que possuem ótimas histórias, são jogos de apenas um jogador (não importa se são jogos lineares ou não), e ainda assim são títulos extremamente agradáveis.

Seria uma pena se os jogos single player ficassem obsoletos por causa desses dois exemplos. Ter jogos onde você pode em jornada solitária abstrair da realidade por algumas horas.

Mesmo jogos como The Last of Us e Uncharted oferecem modos multiplayer apoiados pelas micro transações conseguem captar a atenção para algo além disso, mantendo sua longevidade depois de várias horas de história. Algo compreensível, mas menos cativante do que o intimismo da jornada solitária.

Obviamente, você ainda pode repetir o jogo com uma dificuldade maior ou para obter mais itens colecionáveis para expandir seus objetivos. Mas nem sempre é a mesma coisa do ineditismo da primeira jornada.

No final das contas, independente do tipo de jogo, a continuidade dos jogos single player sempre vai depender dos próprios gamers, os protagonistas da indústria. Sem compradores, não há investimentos.

Quem sabe a Sony, que ainda aposta em jogos com narrativa e rejeita os jogos como serviço, e estúdios independentes cada vez mais em evidência conseguem manter o single player vivo por algum tempo.

 

 


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