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O plano da Huawei para dominar nos dobráveis

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A Huawei está prestes a superar a Samsung pela primeira vez em participação de mercado de telefones dobráveis, de acordo com um relatório da DSCC (Display Supply Chain).

Isso chega a ser algo surpreendente, considerando o tempo que a Samsung dedicou para investimento e lançamentos de smartphones dobráveis. A Huawei nem tem tanto tempo de mercado, e com todas as restrições comerciais, já conseguiu alcançar a líder do setor?

Vamos entender melhor o que está acontecendo, e como esse cenário pode beneficiar o consumidor, já que toda competição é bem-vinda para quem vai pagar caro por esses dispositivos.

 

O cenário de momento

As vendas de telefones dobráveis alcançaram índices de 33% de crescimento interanual global, fechando o último trimestre de 2023 com 4,2 milhões de dispositivos enviados. O que mostra que estamos diante de um segmento de mercado consolidado.

Porém, ainda existe espaço para volatilidade e concorrência. A Samsung lidera o setor, mas os novos modelos dobráveis da empresa, o Galaxy Z Flip5 e o Z Fold5, registraram uma demanda abaixo do esperado, conforme aponta a DSCC.

Isso pode ser explicado por um motivo bem simples: os smartphones dobráveis da Samsung são muito caros em boa parte dos mercados globais, e em um momento em que a dinâmica financeira global está tão complexa, os usuários vão naturalmente olhar para o lado e buscar outras alternativas.

E isso explica a chegada da concorrência em tempo recorde. O relatório da DSCC prevê que nos dois primeiros trimestres do ano, a Huawei ultrapassará a Samsung em participação de mercado de telefones dobráveis.

Isso deve acontecer, em grande parte, por causa das vendas dos modelos Huawei Mate X5 e Pocket 2 nos mercados asiáticos, principalmente no mercado chinês.

 

O problema da Huawei é fora da China

Apesar do sucesso na China, a situação da Huawei não é universalmente aplicável. Como todo mundo que acompanha de perto o mercado de tecnologia sabe, a empresa enfrenta os bloqueios impostos pelo governo norte-americano, o que atrapalha a tarefa da marca na sua expansão nos mercados internacionais.

Sem contar com os serviços do Google, a Huawei não tem como oferecer para os usuários uma experiência Android plena. Quem tem um telefone Samsung não vai trocar a marca para um dispositivo que não permite a sincronização de dados e apps que já possui no telefone atual.

Um exemplo dessa dinâmica mais complicada para a Huawei está no que vai acontecer no mercado brasileiro, onde a marca principal não terá os seus smartphones e vai trazer para o nosso país a Honor, a marca secundária, que pode receber os serviços do Google e o Android que está disponível em outras marcas.

Enquanto isso, a Samsung mantém sua hegemonia e estratégia de produtos. Ao contrário de concorrentes como Huawei, Honor e OPPO, que optaram por lançar dispositivos com formatos semelhantes a telefones “normais” que se transformam em dobráveis com telas de alta resolução, os sul-coreanos não pretendem alterar o formato com seus futuros modelos, como sugere alguns vazamentos.

E nem tem motivos para isso.

Mesmo com a perspectiva de perda de liderança, a Samsung tem todo o potencial de dar o contra-ataque adequado com os futuros Galaxy Z Fold6 e Z Flip6, que devem ser uma atualização dos modelos da geração anterior.

E como os modelos são um sucesso em seu grupo consumidor, a Samsung pode muito bem manter a mesma estratégia, sem se preocupar muito com a concorrência… por enquanto.


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