O último estudo da IDC sobre o mercado de smartwatches revela que o segmento está em queda livre, e que não se vê luz no fim do túnel.
O segmento gera muitas dúvidas, mesmo com esses gadgets sendo apresentados como a grande revolução do mercado de tecnologia, logo depois da massificação dos smartphones.
Sua aceitação foi crescendo progressivamente, com momentos razoavelmente bons, com vendas chegando a níveis onde os mais céticos jamais imaginaram. Porém, os principais fabricantes se depararam com a dura e fria realidade: pouquíssimas pessoas realmente precisam de um smartphone, ao menos no seu estado e com as possibilidades que hoje oferecem.
A queda nas vendas dos smartwatches foi de 51,6% em um ano, em comparação com o terceiro trimestre de 2015. É muita coisa para um setor que quer prosperar.
Durante o terceiro trimestre de 2016, foram vendidos apenas 2.7 milhões de smartwatches. Vários fatores contribuíram para isso: a Google atrasando o desenvolvimento do Android Wear 2.0, e grandes fabricantes que não lançaram produtos esse ano.
Entre os fabricantes, a Apple sofreu a maior queda, indo de 3.9 milhões de unidades distribuídas para 1,1 milhão de unidades, uma queda de expressivos 71,6%.
A Samsung ainda manteve vendas positivas, mas a maioria das vendas foram do Gear 2. O recém anunciado Gear 3 ainda não chegou ao mercado, e isso fez com que os sul-coreanos ficassem na terceira posição do setor.
A queda em geral é enorme, e mostra claramente que o setor de smartwatches necessita de mudanças drásticas, com dispositivos realmente interessantes, atraentes e econômicos, que efetivamente podem chamar a atenção do consumidor.