2017 já começa complicado para a Samsung. O vice-presidente da empresa e principal herdeiro do império da gigante tecnológica, Lee Jae-yong (também conhecido como Jay Y. Lee), teve uma ordem de prisão decretada, sob a acusação de suborno.
Lee teria efetuado vários pagamentos a Choi Soon-sil, apelidada de “A Rasputina sul-coreana”, que seria a responsável por uma “elaborada trama de corrupção, tráfico de influências, abuso de poder, extorsão de grandes empresas e desvio de fundos públicos”, onde estaria envolvido a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, nesse momento suspensa do cargo depois que o escândalo se tornou público, em outubro do ano passado.
Apesar da ordem de prisão ainda precisar ser aprovada, o simples fato dela existir já é um duro golpe para a Samsung, que ainda não se pronunciou sobre o assunto. Caso Lee acabe preso, o controle da empresa passa para as mãos de suas irmãs, que também contam com cargos importantes dentro da corporação, mas jamais foram preparadas para ocupar o posto máximo da diretoria.
A Samsung está organizada em torno de uma mesma família. Lee Byung-chul, avô de Jay Y. Lee, fundou a empresa em 1938, que com o passar dos anos se tornou uma das principais da Coreia do Sul.
Agora, do nada, eles precisam se reorganizar, e corre o risco de criar uma grande incredulidade em todo o país. É possível eles escolherem um líder fora da família? Ou serão capazes de manter tudo como está agora?
Pelo visto, o Galaxy Note 7 explosivo parece ser pouco diante do que está por vir.
Via Bloomberg