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Zoom pode acabar com sua privacidade se você não pagar pelo serviço

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O Zoom ainda é um pesadelo para a privacidade de muitos usuários, mesmo depois de várias iniciativas da empresa para tentar mostrar uma imagem mais confiável para os seus usuários. O sucesso obtido pela plataforma por causa do maior experimento de isolamento social e trabalho remoto da história teve como contrapartida para os seus responsáveis uma (merecida) saraivada de críticas sobre a sua falta de segurança e privacidade.

Os problemas do Zoom fizeram com que a concorrência chegasse pisando forte, oferecendo serviços similares e maior confiabilidade. Google, Microsoft, Facebook e outras empresas decidiram adicionar mais recursos para as funções de chamadas de vídeo em grupo com o único objetivo em roubar um pouco dos holofotes obtidos pelo Zoom.

Ciente dos problemas, os responsáveis pelo Zoom decidiram executar um plano para solucionar todos os seus problemas de segurança. Um plano de 90 dias (dos quais dois terços desses dias já foram superados), o que levou a empresa a adquirir o KeyBase, um serviço de diretório público de chaves de codificação que, entre outras coisas, poderiam se associar a perfis de aplicativos e redes sociais. Ao adicionar esta tecnologia aos recursos de segurança que já estavam presentes no aplicativo, estava assim garantidos os 100% de privacidade das comunicações.

Isso tudo seria uma ótima notícia. Seria.

 

 

 

Sempre tem as letras miúdas e os asteriscos…

 

 

A má notícia (ou as regras do jogo como elas são, como queiram) é que toda essa segurança de codificação de ponta a ponta e a maior confiabilidade do Zoom só estarão disponíveis para as contas pagas. As contas gratuitas, que também estão codificadas em ponta a ponta, terão os seus códigos públicos e privados de cada usuário salvos nos servidores do serviço e, por consequência disso, sob o controle da empresa.

Agora, a Reuters informa que o Zoom não descarta “abrir” as conversas privadas realizadas nas contas gratuitas do serviço, sob o pretexto em perseguir o possível uso delitivo que algumas pessoas podem fazer das mesmas.

A empresa justifica essa medida afirmando que os usuários das contas pagas já estão devidamente identificados (principalmente pelo método de pagamento adotado), enquanto que as contas gratuitas podem ser 100% anônimas, o que facilita o uso do serviço para fins ilícitos.

Inicialmente, este pode parecer um argumento convincente para algumas pessoas. Porém, não fazia mais sentido apenas e tão somente evitar o anonimato das contas? Sacrificar a privacidade de todos os usuários de contas gratuitas para perseguir um delinquente, ao mesmo tempo em que a empresa blinda as contas pagas não é uma medida para evitar o uso ilícito do Zoom, mas sim uma desculpa a mais para tornar as contas pagas mais atrativas.

Mesmo porque tem muito criminoso cibernético que não se importa em pagar para cometer os seus crimes.

 

 

Via Reuters


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