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Por que o Zoom comprou a Keybase?

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O serviço de videoconferências Zoom está fazendo de tudo para melhorar a sua imagem junto ao grande público e, para isso, adquiriu a Keybase, integrando os seus trabalhadores e tecnologias ao seu time.

Mas você pode estar se perguntando: o que o Keybase pode ter de tão interessante para despertar o interesse do Zoom?

Algumas coisas…. que podem ajudar a melhorar a imagem do Zoom.

 

 

 

Verificação de identidade na era digital

 

 

O Keybase é um serviço gratuito e open source lançado em 2014 que tem como principal objetivo melhorar a segurança dos usuários. É um diretório de chaves para verificar a identidade de uma pessoa no mundo digital, associando uma chave PGP para diferentes perfis em redes sociais e plataformas online.

Isso é importante porque, de certo modo, o Keybase compila em um único lugar todas as provas possíveis e imagináveis que uma pessoa é quem diz ser. Ele pode associar a chave PGP ao perfil de contas do Twitter, GitHub, Reddit, site pessoal, entre outros. A acumulação dessas provas reforça que uma pessoa é quem diz ser, reduzindo as chances de ser uma identidade falsa.

 

 

Além disso, o Keybase tem um serviço de mensagens integrado, com codificação de ponta a ponta: apenas os dois dispositivos envolvidos na conversa podem decodificar a mensagem, onde nem mesmo os servidores do Keybase podem ver o seu conteúdo. Também é possível armazenar e compartilhar arquivos de forma segura, pelo mesmo processo de codificação end-to-end.

O Keybase comprova todas as identidades envolvidas na conversa, onde cada dispositivo tem uma chave de codificação única, com codificação separada para cada dispositivo. Assim, se o usuário perde o seu smartphone ou deixa de utilizá-lo e informar ao Keybase sobre isso, apenas a chave de codificação do dispositivo perdido é desativada, para que as futuras mensagens não sejam enviadas desse dispositivo.

 

 

 

A mudança de estratégia do Zoom

 

 

O Zoom foi alvo de vários problemas de privacidade e segurança, e isso aconteceu por causa de sua rápida popularização em função do confinamento global que estamos passando. Sem falar no zoombombing, tão indesejado para usuários e para a própria empresa.

A resposta do Zoom foi colocar em execução um plano de 90 dias, centrado nas melhorias de privacidade e segurança do serviço, indicando uma mudança estratégica que começa a dar os seus primeiros frutos.

Uma das primeiras medidas tomadas foi a contratação de Alex Stamos, ex-funcionário do Facebook e do Yahoo! como novo assessor de segurança, e integrar a tecnologia do Keybase no Zoom é o próximo passo.

A comunicação cifrada ponta a ponta deve estar disponível na versão paga do Zoom. Nesse momento, a plataforma usa a codificação TLS, que envia de forma segura a informação para o servidor e do servidor para outro usuário, onde o servidor pode acessar o áudio e vídeo sem codificação.

 

 

Criar um sistema de criptografia de ponta a ponta para um serviço tão grande como o Zoom não é uma tarefa simples, e a solução aqui foi adquirir uma tecnologia que já existe. O time do Keybase vai ser responsável por essa integração entre as duas plataformas

Agora, se você é um usuário do Keybase e está preocupado que o serviço agora está nas mãos do Zoom… pelo menos por enquanto, pode parar de se preocupar. O fato do Keybase ser open source pode deixar você mais tranquilo, e a arquitetura do serviço deixa tecnicamente impossível o acesso do Zoom aos dados dos usuários.

Por outro lado, o Zoom pode simplesmente encerrar o Keybase. Mas isso é outra história, e não há informações sobre isso por enquanto.

 

 

Via Zoom


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