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YouTube poderia retirar conteúdos tóxicos antes. Não o fez porque queria audiência

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Uma matéria da Bloomberg denuncia que os principais diretores do YouTube ignoraram as recomendações e propostas dos seus funcionários na hora de modificar o sistema de recomendação, de forma que os mesmos pudessem impedir com maior eficiência a recomendação de vídeos tóxicos ou de teorias conspiratórias.

A Bloomberg entrevistou vários funcionários e ex-funcionários do Google e do YouTube, e reabre o debate sobre os problemas da plataforma, onde a CEO do serviço, Susan Wojcicki, saberia de tudo, mas não fizeram nada para resolver o problema, pois o mais importante de tudo era aumentar o número de visualizações e o tempo na plataforma.

 

 

Conteúdo tóxico cada vez mias incontrolável

 

 

Nos últimos anos, vários funcionários do Google manifestaram a sua preocupação sobre o aumento dos conteúdos tóxicos no YouTube, e a elevada preocupação da plataforma em manter os usuários assistindo aos vídeos disponíveis, com o maior tempo possível.

A Bloomberg afirma que pelo menos há cinco altos diretores que deixaram a plataforma nos últimos dois anos ficaram fartos de não serem capazes de restringir conteúdos extremos e perturbadores. E foram os vídeos extremos que fizeram o YouTube crescer em todos os sentidos, inclusive nas receitas, que são de US$ 16 bilhões por ano.

Wojcicki sabia desses problemas, mas não “estava atenta a esses assuntos”, sem colocar o dedo na ferida e com uma filosofia de apenas dirigir a empresa no lugar de lidar com o polêmico problema. Para ela, o principal objetivo era conseguir 1 bilhão de horas diárias de tempo de visualização no YouTube. Nada mais além disso importava.

 

 

Google se defende

 

 

Um porta-voz do Google afirmou que:

“Nos últimos dois anos, nosso foco principal foi abordar alguns dos desafios de conteúdo mais difíceis da plataforma, levando em conta os comentários e as preocupações dos usuários, criadores, anunciantes, especialistas e funcionários (…) atualizamos o nosso sistema de recomendações para evitar a propagação de informação errada ou danosa, melhoramos a experiência de notícias no YouTube e elevamos a 10 mil o número de pessoas focadas nos problemas de conteúdo, além do investimento da aprendizagem automática para encontrar e eliminar mais rapidamente o conteúdo inapropriado, além de revisar e atualizar nossas políticas (foram mais de 30 atualizações de políticas de uso apenas em 2018). E isso não é o fim: a responsabilidade segue sendo a nossa prioridade número um.”

O Google lembra dos investimentos feitos para enfrentar os desafios mais difíceis, como o conteúdo inapropriado, a desinformação ou o seu sistema de recomendações.

Falando desse último caso, em 2012, o sistema de recomendações do Google era baseado na visualização prévia, passando em 2016 as reações do usuário. Porém, a Bloomberg lembra que um dos engenheiros do YouTube recomendou em 2016 que os conteúdos tóxicos e de teorias de conspiração não são recomendados como parte da experiência de usuário. O tal engenheiro revelo uno artigo que “eu consegui dizer com muita confiança que eles estavam profundamente equivocados.

A proposta foi rechaçada por anos, mas em janeiro de 2019, o YouTube começou a colocá-la em prática, já que o conteúdo, de um modo geral, piorou. Algo discutível vindo do YouTube, ainda mais quando a propaganda de supremacismo branco e neo-nazista segue no YouTube, e tem milhões de visualizações.

 

Via Bloomberg


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