Temos mais uma besta tecnológica em forma de smartphone entre nós.
A Xiaomi apresenta o Xiaomi 13 Ultra, que nada mais é do que o seu smartphone mais potente de toda a sua história de mais de uma década. E, de forma definitiva, dá adeus de vez aos tempos de ser a marca dos telefones baratinhos com ótima relação custo-benefício que conhecíamos.
Com alguma sorte, esse monstro pode custar um pouco menos que os telefones premium da Apple e da Samsung, no máximo. E se isso acontecer, é melhor agradecer.
Bom, vamos então conhecer o quão potente e completo é o Xiaomi 13 Ultra, e descobrir se ele vale o órgão vital contrabandeado no mercado negro que ele vai nos custar.
Ele é um monstro por causa da Leica
A primeira impressão que fica sobre o Xiaomi 13 Ultra é que todo esse poderio técnico existe por causa da parceria da marca com a Leica, que é a responsável pelos sensores fotográficos presentes no dispositivo.
Bem sabemos que uma das coisas que os usuários mais valorizam hoje em um smartphone é a capacidade fotográfica do dispositivo para registrar as fotos do Big Mac que o cidadão está comendo na praça de alimentação do shopping.
E para garantir o potencial máximo para o processamento de fotos, ter um processador potente trabalhando com uma GPU competente e memórias de alta velocidade é algo fundamental.
Na prática, o Xiaomi 13 Ultra aspira ser um dispositivo que entrega aspectos fotográficos que tentam seduzir os fotógrafos profissionais. Ou para os usuários que realmente desejam ter uma das melhores câmeras em um smartphone. Ou para aqueles que desejam a todo custo ter um autêntico mastodonte em forma de smartphone.
E vou falar mais sobre isso mais adiante nesse conteúdo, apenas para respaldar o meu ponto.
Ele parece uma nave alienígena
A estética do Xiaomi 13 Ultra está algo realmente impressionante. Ele consegue chamar a atenção nas especificações e no seu design, que é bem diferente do convencional, mas pelo lado positivo.
Normalmente me incomodaria um sensor de câmera tão grande. Esse calombo enorme na parte traseira deve incomodar na hora de colocar o telefone no bolso da calça.
Porém… quem é que liga para o fato de você aparentar o tempo todo que está com uma ereção enorme escondida na calça jeans? O que realmente importa é ter esse conjunto poderoso de câmeras no smartphone.
Logo, esse disco gigantesco na parte traseira do Xiaomi 13 Ultra está mais que justificado. E, por incrível que pareça, combina com o acabamento texturizado, em um material que simula o couro.
E na parte frontal, temos uma brilhante tela AMOLED que domina quase que completamente a área disponível, com bordas ultrafinas e a câmera frontal ocupando o centro da parte superior.
De quebra, o corpo do dispositivo possui bordas de metal, proteção Gorilla Glass Victus e proteção IP68 contra água e poeira.
De um modo geral, o Xiaomi 13 Ultra é um smartphone muito bonito, com uma pegada industrial com grandes toques de modernidade. Posso estar exagerando, mas ele lembra sim um dispositivo que poderia muito bem ser utilizado como parte da cenografia de Star Trek.
E isso, porque eu nem sou tão fã assim da franquia do Kirk, do Spock e do Picard.
E por falar na tela AMOLED…
O Xiaomi 13 Ultra conta com uma brilhante tela AMOLED com 6.73 polegadas com bordas levemente curvadas, com resolução de 3.200 x 1.440 pixels, taxa de atualização de 120 Hz e profundidade de cores de 12 bits.
Seu nível de brilho é de 1.300 nits, com picos máximos de 2.600 nits, e o leitor de digitais também recebe um leitor de monitoramento de ritmo cardíaco. Na tela.
Isso mesmo que você leu. Eu não errei nesse ponto do artigo.
É uma tela para ninguém botar defeito. Se você não conseguir assistir aos vídeos deste blog de forma plena com uma tela como essa, eu recomendo que você procure o oftalmologista o quanto antes, pois com certeza você está chamando a Xuxa de Ana Maria Braga.
Potência bruta para gerenciar tantos recursos
É claro que Xiaomi 13 Ultra conta com o novo processador Qualcomm Snapdragon 8 Gen 2. Só esse chip pode gerenciar tanta potência bruta nos demais aspectos técnicos desse telefone.
Porém, para garantir que você vai explorar o máximo potencial desse telefone, a Xiaomi inseriu nesse dispositivo o sistema de refrigeração Loop LiquidCool, só para que o processador e os demais componentes não comecem a fritar enquanto você joga Genshin Impact no calor do verão.
Além disso, o Xiaomi 13 Ultra recebe até 16 GB de RAM LPDDR5X, e até 1 TB de armazenamento interno no padrão UFS 4.0. Tudo isso vai garantir a máxima fluidez no uso do Android 13 e uma velocidade plena no armazenamento de dados.
E você vai transferir fotos e vídeos rapidamente entre o telefone e o computador com essa porta USB 3.2 na USB-C, que é algo inédito em um smartphone da Xiaomi. Com ela, você pode alcançar velocidades de transmissão de até 5 Gbps, que é dez vezes mais rápida que a taxa presente no 12S Ultra.
Sua bateria de 5.000 mAh pode completar 100% de carga em 35 minutos com o carregador rápido de 90W. Só pra não dizer que tudo é perfeito nesse telefone, essa não é a recarga mais rápida que você vai encontrar em um smartphone da Xiaomi, e isso é algo que me deixa “profundamente decepcionado” (e, por favor, entenda a ironia quando você se deparar com uma).
A câmera Leica que é capaz de eclipsar tudo
O grande atrativo do Xiaomi 13 Ultra é mesmo a sua parte fotográfica. Tudo o que você viu até agora sobre o telefone foi pensado para chegar nesse ponto, e entendo perfeitamente que a Xiaomi fez um trabalho excepcional neste aspecto.
O sensor principal do Xiaomi 13 Ultra é um IMX989 de 50 MP e 1 polegada. Ou seja, ele é enorme e, de quebra, ainda conta com abertura variável.
Os outros três sensores do dispositivo também são de 50 MP, mas no padrão IMX858, com lentes telefoto, grande angular e sensor macro. Todos contam com especificações com boas aberturas, ângulos e ajustes milimetricamente detalhados para você realizar o melhor registro possível daquela foto de pôr do sol que sua tia avó vai aplaudir de tão bonita que se apresenta.
Outro diferencial do Xiaomi 13 Ultra é a presença de dois estilos fotográficos personalizados pela Leica, além de diferentes filtros exclusivos para combinar com o seu “eu” artístico.
Sem falar que esse telefone grava vídeos em 8K a 24 fps em todas as lentes, modo RAW em 14 bits, modo de foto noturna e outros recursos que podem fazer os fotógrafos profissionais ovularem de tanta excitação.
E a câmera frontal recebe um sensor de 32 MP com abertura f/2.0, com modo noturno, modo retrato, HDR e outras parafernálias tão desejadas pelos tiktokers, instagrammers e vlogueirinhas de moda do Brasil e do mundo.
Quanto custa a brincadeira?
O mastodo… ops, desculpe… vou tentar de novo…
O Xiaomi 13 Ultra ainda não tem previsão de lançamento para o mercado internacional, mas desembarca no mercado chinês em 26 de abril. Abaixo, os preços sugeridos para as três versões disponíveis do smartphone:
- 12 GB + 256 GB – 5.999 yuans (~R$ 4.290)
- 16 GB + 512 GB – 6.499 yuans (~R$ 4.648)
- 16 GB + 1 TB – 7.299 yuans (~R$ 5.222)
Não resta dúvidas que o Xiaomi 13 Ultra possui um enorme potencial para ser um dos melhores smartphones de 2023, e está bem difícil bater todo esse potencial técnico. Ainda mais com os preços sugeridos por ele.
Os demais fabricantes que ainda não apresentaram seus telefones premium terão que suar para igualar o poder desse Megazord chamado Xiaomi 13 Ultra. E quem já lançou os seus modelos mais completos fatalmente vai sofrer da comparação com o melhor smartphone da história da Xiaomi (até agora).
Se eu queria ter um telefone como esse para chamar de meu? É claro que sim! Eu não sou burro!
Mas eu amo o meu rim, que ainda funciona muito bem. Logo, esse telefone será mais um que vai habitar os meus sonhos, se tornando mais um elemento de inspiração para o meu onanismo tecnológico.
E eu duvido que o Xiaomi 13 Ultra vai custar para nós, meros mortais brasileiros, valores próximos aos oferecidos para os chineses nesse momento. Pode preparar o cartão de crédito, pois você vai precisar muito dele para comprar esse smartphone no futuro.