Com certeza você é uma dessas pobres almas que todas as vezes que tenta jogar o Flappy Bird acaba desesperado, se punindo por ser lento e torpe por não passar simples tubos. Bom… fique tranquilo, pois você não está sozinho. Mais: a comunidade científica está do seu lado!
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Aalto (Finlândia) realizou uma série de testes que concluem que a culpa de nossa incompetência no Flappy Bird é por causa da tela sensível ao toque, e pela incapacidade de se prever sua cadência. Os testes utilizaram um jogo similar, e eles concluíram que a precisão oferecida por um controle físico não é o mesmo que encontramos em uma tela sensível ao toque.
São três pontos chaves que são considerados problemáticos para o uso das telas sensíveis ao toque nesse tipo de jogos:
1. As telas touch não permitem ao ao usuário manter uma distância constante entre o dedo e a interface. No controle físico, sobre um botão físico, o dedo repousa sobre a superfície do botão, realizando o movimento exigido de forma precisa. Na tela touch, o dedo permanece no ar, em uma distância que nunca é a mesma.
2. O momento de ativação do botão não é previsível. No controle físico, sabemos sempre quando pressionamos o botão, enquanto que em uma tela touch a falta de uma resposta háptica faz com que não diferenciemos com exatidão se ativamos o botão ou não.
3. O registro da ação sobre a tela touch depende de um software, que sempre oferece diferentes níveis de atraso em comparação com o sinal oferecido por um botão físico, convertendo-se em uma fonte “extra” de atraso.
Alguns desses pontos podem ser resolvidos em maior ou menor medida para um melhor desempenho, mas é muito difícil reproduzir a sensação e efetividade do controle físico. As mesmas regras podem ser aplicadas por aqueles que preferem um teclado físico para digitar, e não uma tela sensível ao toque.
Via Phys.org