É um assunto polêmico, e eu não vou entrar de forma aprofundada no cerne da questão. Só vou informar os fatos, e não discutir por que eu sou contra ou a favor dessa decisão.
Independente da opinião de cada um, muitas pessoas ao redor do mundo sabem perfeitamente que o vício nos videogames é algo real. Se é prejudicial ou não, é outra história (apesar de entender que todo vício é prejudicial, de alguma forma). Porém, não havia até agora uma discussão mais ampla para incluir ou não esse vício em um cenário de diagnóstico oficial.
Pois bem, durante a 72a Assembléia Mundial da Saúde, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi decidido que o vício nos videogames é um transtorno.
O vício nos videogames é uma realidade
Os 194 membros da OMS decidiram que o problema existe, e é bem real. Portanto, deve ser reconhecido como um transtorno para que as pessoas ao redor do planeta possam procurar por tratamentos efetivos e que podem ajudar em uma eventual recuperação.
Em junho de 2018, a OMS realizou uma revisão de suas estatísticas de classificação internacional de enfermidades e problemas de saúde (CIE-11), e desde então foi conhecido o termo ‘gaming disorder, ou ‘transtorno dos games’, que foi descrito dessa forma:
“Um padrão de comportamento caracterizado por um controle deficiente sobre os jogos, aumentando a prioridade otorgada ao jogo sobre outras atividades; na medida em que o jogo tem prioridade sobre outros interesses e atividades diárias, e a continuação ou o avançar do jogo, mesmo com a ocorrência de consequências negativas.”
A oposição por parte das empresas de videogames e gamers foi forte, iniciando uma guerra de declarações para desmentir que o gaming poderia se transformar em um vício ou um problema real.
Nada disso adiantou. Durante a recém realizada assembléia, a CIE-11 foi aprovada, e suas modificações entram em vigor em 1 de janeiro de 2022. Ou seja, agora quando chamarem você de viciado em videogames, você pode ser diagnosticado por isso.
E a polêmica está servida.
Via G1