Agora os usuários de smartphones Android podem escolher qual navegador web quer usar no sistema operacional, em uma lista de cinco navegadores e motores de busca diferentes.
Assim, o Google atende as exigências da União Europeia e as iniciativas anti-monopólio. Uma multa contra a gigante de Mountain View de 4.34 milhões de euros aplicada em 2018 foi o principal motivador da mudança, já que houve a acusação do Android bloquear a concorrência na hora de oferecer diferentes opções de navegação e busca.
Na mesma sentença, era exigido que a Google apresentasse uma proposta para oferecer aos usuários a opção de escolher outras possibilidades entre os navegadores disponíveis no mercado.
Uma vantagem injusta, de acordo com a Comissão Europeia
Foi entendido na sentença que pré-instalar o Chrome e o mecanismo de buscas do Google nos seus smartphones era uma vantagem injusta para o Google, que hoje tem boa parte do parque de dispositivos móveis com Android.
O Google explicou que ofereceria aos usuários do Android o poder de escolha do navegador e do motor de busca, mas não revelou detalhes em como faria isso. Se isso não acontecer, a empresa vai enfrentar uma multa equivalente a 5% dos lucros da Alphabet.
Ou seja, a tendência é que os usuários verão a opção de fazer o download de diferentes aplicativos de busca e navegadores. Serão duas novas telas: de um lado, os aplicativos de busca, e de outro, os navegadores, incluindo as opções que já podemos encontrar instaladas no dispositivo.
O usuário será questionado sobre qual navegador e buscador quer usar, apresentando cinco opções de cada item, selecionadas em função da sua popularidade, definidos pelos dados oferecidos pela indústria e o volume de downloads em cada país. A ordem apresentada na tela será totalmente aleatória.
Quando o usuário fizer o download de um app de busca, o Google vai perguntar se ele quer mudar o motor de busca pré-definido do Chrome na próxima vez que executá-lo. As novas opções vão aparecer nos dispositivos já ativos e nos novos smartphones comercializados na Europa.
A concorrência não vê na decisão uma solução
O FailSearch, grupo que fez a denúncia sobre a situação, esperava uma decisão mais dura. Consideram que as medidas tomadas pelo Google não resolvem a situação de desigualdade em relação a outros navegadores e buscadores.
Indicam que, de fato, o problema mais importante não foi resolvido, porque tanto o Google como o Chrome seguem sendo os aplicativos e/ou serviços padrão ao ligar um dispositivo Android.