Não importa a idade, das crianças aos mais velhos, é difícil imaginar a vida atualmente sem celular, computadores, tablets e televisão.
Claro que estes aparelhos trazem muitas vantagens – além do lazer, facilidade de comunicação com pessoas queridas, agilidade no trabalho, também podem ser usados como meios de ampliar os próprios conhecimentos e habilidades.
Só que o uso excessivo pode criar problemas de saúde. Especialmente aos olhos. As dicas a seguir trazem medidas para cuidar da visão, mantendo-a saudável. Afinal, prevenir é melhor que remediar, não diz o ditado?
Sintomas de doenças oculares
No caso das crianças, ficar muito tempo com a visão fixada em aparelhos eletrônicos pode causar olhos vermelhos e irritados, coceira e cansaço nos olhos, sensação de areia, olhos secos e aumento da vontade de piscar.
Após os 10 anos de idade, o desenvolvimento do sistema visual da criança alcançará a maturidade e é quando costumam aparecer doenças como a miopia e o ceratocone.
Entre pré-adolescentes e adolescentes, mau rendimento na escola, queixas de cansaço visual, visão embaçada, dores de cabeça, vista cansada, dificuldade de leitura, sensibilidade exagerada à luz, terçol frequente e tonturas podem indicar a necessidade de procurar um especialista em oftalmologia.
No caso de jovens e adultos, os equipamentos eletrônicos costumam ser instrumentos necessários de estudo e ainda de trabalho. Isso multiplica o tempo de exposição obrigatória a eles. E esse tempo é somado ao uso voluntário, para lazer, seja para comunicação com amigos ou verificar redes e aplicativos sociais.
Só que exige mais dos olhos conseguir a precisão do foco de visão nestes aparelhos, por causa do tamanho de tela, luminosidade e emissão da luz azul – que traz prejuízos ao organismo. Além disso, eles levam à redução da frequência das piscadas e por consequência da lubrificação dos olhos.
Como saber se alcançou o limite adequado ao seu organismo? Quando começarem a surgir os seguintes sintomas:
- visão turva;
- dor de cabeça;
- dor nos ombros e/ou pescoço (por causa da má postura);
- olhos secos ou irritados;
- olhos vermelhos;
- cansaço dos olhos;
- atenção reduzida;
- irritabilidade.
Falsa miopia
Além disso, alguns problemas de saúde podem surgir em decorrência do uso sem moderação dos equipamentos eletrônicos. Um deles é chamado de falsa miopia.
Para entender o nome, lembre-se de que as pessoas diagnosticadas com miopia possuem dificuldade para ver de longe. O motivo é que possuem o globo ocular mais alongado do que o normal. Neste caso, as imagens são formadas antes da retina, o que atrapalha visualizar algo que esteja distante.
No caso da falsa miopia, o distúrbio aparece por causa da contração muscular para a visão de perto, demandada pelo uso excessivo de aparelhos eletrônicos, não por causa do tamanho do globo ocular. Por isso, a visão fica embaçada para longe.
Há relatos de que as pessoas já diagnosticadas com hipermetropia podem estar mais sensíveis à falsa miopia, pelo fato de já possuírem dificuldade de enxergar de perto.
Para determinar se é mesmo miopia – falsa ou verdadeira – é necessário procurar um (a) oftalmologista, como os profissionais da Rede D’Or São Luiz, para a avaliação completa e diagnóstico da acuidade visual.
Se for falsa, além de colírios, as pessoas precisarão de uma terapia visual, ou seja, parar de usar (se possível) ou moderar o uso de aparelhos eletrônicos, preferir luz ambiente e procurar atividades em que seja necessário olhar para longe.
Se for verdadeira, o (a) oftalmologista irá prescrever lentes de contato ou óculos com o grau adequado ao paciente.
Dicas para prevenir danos aos olhos
Independente da faixa etária, há atitudes que todos podem adotar para utilizar os aparelhos eletrônicos sem comprometer a saúde dos olhos:
- fazer pausas a cada hora em frente ao computador;
- diminuir o brilho da tela;
- deixar o foco de luz longe dos olhos;
- manter a tela abaixo da linha dos olhos para uma visão mais confortável;
- piscar com regularidade para lubrificar os olhos – só usar lubrificantes oculares se receitados por um especialista;
- clarear o ambiente;
- restringir horários de uso dos aparelhos eletrônicos para crianças;
- fazer alongamentos para relaxar especialmente ombros e pescoço.
E o mais importante: evitar automedicação e fazer visitas regulares ao (à) oftalmologista para acompanhamento e tratamento, conforme cada caso.