Esse notebook é uma verdadeira arma de destruição em massa, mas ao mesmo tempo é uma obra de arte. Estamos diante de um portátil de segunda mão Samsung NC10 de 2008 com Windows XP. E dentro dele, existem seis dos malwares mais perigosos da história da internet. Combinados, eles causaram danos de mais de US$ 95 bilhões para a indústria tecnológica.
O artista Guo O Dong é responsável pelo notebook infectado virar uma obra de arte. O computador é tão perigoso, que foi ‘isolado’ para evitar que o malware no seu interior se expanda.
Seis malwares diferentes para provocar o caos
O notebook recebeu o sugestivo nome de The Persistence of Chaos. E caos é o que ele pode provocar se for conectado a qualquer rede ou dispositivo externo. Alguns dos malwares que ele abriga podem se expandir para outros dispositivos de forma automática, enquanto o notebook se conecta a uma rede interna ou externa. É, de certo modo, a representação de uma arma biológica no mundo digital.
O equipamento abriga os seguintes vírus:
– ILOVEYOU: lançado em maio de 2000, afetou 50 milhões de computadores, causando danos de US$ 5.5 bilhões. É uma das primeiras ameaças virtuais da história.
– WannaCry: se expandiu por mais de 150 países, com consequências enormes por meses. Até hoje não foi exterminado.
– MyDoom: a ameaça virtual que mais rápido se propagou por e-mail, e responsável por US$ 35 bilhões em danos.
– SoBig: afetou a milhões de computadores Windows em agosto de 2003.
– DarkTequila: foi utilizado especialmente na América Latina, com o objetivo de obter informações financeiras.
– BlackEnergy: em dezembro de 2015, o malware provocou um apagão na Ucrânia, infectando diferentes empresas de eletricidade do país. Foi detectado pela primeira vez em 2008.
Mais de US$ 1.2 milhão pelo notebook do demônio (além de assumir as consequências legais da aquisição)
O notebook do caos foi criado pela empresa de cibersegurança Deep Instinct, e nesse momento está em leilão, com lance de US$ 1.2 milhão. É preciso levar em consideração que se trata de um computador com malware e a venda de malwares é uma prática ilegal nos Estados Unidos.
Como condição de venda, o comprador deverá assinar um documento admitindo que está comprando ‘uma peça de arte’, e não um malware. Há uma série de normas adicionais a cumprir para a compra desse portátil.
Além de uma boa dose de bom senso, que não é vendida em qualquer lugar.
Via The Verge, The Persistence of Chaos