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Twitter, e o seu lado misógino, machista e racista

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É de conhecimento público que o Twitter pode ser a casa dos trolls na internet. E isso não tem nada de errado. O problema está no fato do alvo principal dos trolladores serem as mulheres, que se tornam vítimas do “anonimato” que a internet oferece.

O problema foi investigado pela Anistia Internacional e pela Element AI, em um estudo em conjunto que envolveu 6.500 funcionários e utilizou um software de aprendizagem automática da Element AI. Foram analisados os tweets enviados para 778 mulheres políticas e jornalistas durante o ano de 2017 no Reino Unido e nos Estados Unidos.

 

 

Uma mensagem abusiva no Twitter a cada 30 segundos

O resultado? 7.1% ou 1.1 milhão de tweets foram “problemáticos ou abusivos” no entendimento da Anistia Internacional. A porcentagem pode parecer pequena para muitos internautas, mas fazendo as contas, é basicamente uma mensagem abusiva enviada a cada 30 segundos.

As mulheres de cor (negras, asiáticas, latinas e de raça mista) contam com 34% a mais de chances de serem mencionadas em mensagens abusivas e problemáticas do que as mulheres brancas. E esse número confirma algo que eu tenho em mente: pelo menos 30% do coletivo é racista, independente do núcleo ao qual pertencemos.

Nesse caso, o abuso online é dirigido a mulheres do todo o espectro político: liberais, conservadores, de esquerda ou qualquer cor. O grupo de defesa dos direitos humanos afirma que muitas mulheres censuram o que publicam, limitam suas interações no Twitter ou simplesmente abandonam a plataforma por completo.

O fato do Twitter não se valer da coerência e transparência em seus próprios padrões comunitários para enfrentar a violência e o abuso resultam em um retroceder dessas mulheres, em uma cultura do silêncio.

Ainda que o abuso esteja dirigido às mulheres em todo o espectro político, as mulheres de cor são muito mais propensas a serem afetadas por tais práticas. No caso das mulheres negras, é algo desproporcional. A fala do Twitter para acabar com este problema mostra que a plataforma está contribuindo com o silenciamento das vozes que já estão marginalizadas.

Não é a primeira vez que Anistia Internacional demonstra preocupação pela realidade do Twitter e de outras redes sociais. A organização já recruta a pelo menos dois anos alguns voluntários para combater a prática. Essas pessoas são denominadas como “a patrulha troll”.

 

Via TechCrunch, Anistia Internacional


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