No meio de tanta turbulência que o Twitter (agora denominado X) está passando desde que Elon Musk assumiu o comando da plataforma, a plataforma segue implementando suas mudanças.
É uma grande metamorfose na rede social que busca de se tornar uma ‘superapp’ capaz de realizar “de tudo”. Inspirado no modelo chinês WeChat, Musk tem grandes ambições, mas suas mudanças têm gerado dúvidas entre os usuários, que vislumbram um futuro incerto para a rede social.
Uma ferramenta que saiu beneficiada dessas mudanças é o Tweetdeck, propriedade da X e agora chamada de XPro. E entendo que vale a pena para os mais produtivos conhecer melhor o que essa nova plataforma traz de novo para quem precisa.
XPro é fruto de uma das sandices de Musk
Uma das decisões controversas de Elon Musk foi a implementação de uma nova política para cobrar pelo uso da API do Twitter, impactando severamente muitas das aplicações que dependiam dela. Entre as afetadas estava a popular aplicação Twitterrific, que enfrentou dificuldades em lidar com os custos adicionais impostos pela nova política.
Musk está tentando de tudo (e, basicamente, qualquer coisa) para monetizar o X. Mesmo que isso custe a existência de outras plataformas que utilizavam sua API. Não sei se é a melhor estratégia, mas neste caso o Tweetdeck, que agora se chama XPro, foi o grande beneficiado dessas mudanças.
Elon Musk, como parte do processo de rebranding, também decidiu mudar o nome do Tweetdeck para XPro, enfatizando sua posição como a versão “premium” da rede social, focada principalmente no público profissional. Além disso, Musk prometeu uma série de novos plugins para a plataforma, mas ainda não revelou detalhes sobre quais serão disponibilizados para os usuários do XPro.
Essa estratégia não tem outro objetivo senão aquele que eu já mencionei neste artigo: rentabilizar ainda mais a aquisição do Twitter, que custou caro demais para o menino Elon, que claramente não sabe direito o que fazer com a rede social.
As mudanças que irritaram a todos
A mudança de Twitter para X não agradou a todos, de forma óbvia e até esperada.
Por exemplo, o navegador Edge sentiu-se ameaçado pelo novo nome dado por Elon Musk para a rede social, o que acendeu alertas na Microsoft a ponto de detectar a plataforma como uma ameaça virtual. E não é só isso: no mês passado, muitos usuários encontraram dificuldades para acessar o Tweetdeck, já que agora a ferramenta possui uma nova versão acessível somente para usuários verificados da X.
Aqueles que não aderirem ao serviço pago Twitter Blue ou não possuírem o selo de verificação poderão testar a nova versão do Tweetdeck (agora XPro) durante um período limitado de 30 dias. A tendência é que, depois dos testes, a ferramenta se torne exclusivamente paga.
Para os que ainda não conhecem, o Tweetdeck é uma ferramenta muito útil que permite a adição de várias colunas à tela, possibilitando a visualização de tweets e notificações de forma altamente produtiva e em tempo real. Com o XPro, a promessa é de que a experiência seja ainda mais enriquecedora, oferecendo um verdadeiro arsenal de recursos direcionados ao ambiente profissional.
Reforçando: antes, o Tweetdeck era gratuito para qualquer usuário; agora, o XPro tem tudo para ser pago. E no meio disso tudo, muitos daqueles que utilizavam o Twitter “como um profissional” (era o meu caso) ficam órfãos e abandonados.
É Elon Musk se comportando como um carrasco, uma espécie de colonizador que explora as terras alheias, destruindo tudo o que vem pela frente e transformando em terra arrasada uma área promissora.
Onde será que eu vi isso antes?