Dá para dizer que a Apple surpreendeu com o novo MacBook Air (2025), que agora recebe o processador M4 e total potencial para trabalhar com o Apple Intelligence. E o mais incrível de tudo isso é que entrega uma atualização que é MENOS CARA que o modelo da geração anterior na versão base.
Quem diria… seria a dona Apple apostando na melhor relação custo-benefício, já que finalmente entendeu que as pessoas não estão mais dispostas a pagar o que for por uma atualização que, basicamente, se limita a um novo chip?
Vamos tentar entender o que mais esse novo MacBook Air (2025) traz de bom para otimizar a relação entre o valor pago e os benefícios obtidos.
Processador melhor, mas a tela é a mesma
O processador M4 possui uma CPU de 10 núcleos, o que significa um desempenho superior em tarefas como edição vídeo, desenvolvimento de software e até mesmo jogos moderados (os poucos jogos disponíveis para macOS).
A GPU, disponível em configurações de 8 ou 10 núcleos, complementa este conjunto com capacidade gráfica que realmente impressiona para um dispositivo tão compacto, apresentando uma largura de banda de memória de 120 GB/s que permite manipular conteúdos visuais complexos com facilidade surpreendente.
E a melhor notícia de todas nessa nova versão é que FINALMENTE a Apple deixou de regular mixaria, pois a versão base do MacBook Air agora conta com 16 GB de RAM, podendo alcançar os 32 GB nos modelos mais caros.
Tudo bem, ainda é memória unificada e o upgrade depende da Apple. Mas ao menos não é aquela coisa capenga de ter apenas 8 GB para acabar com a experiência de uso.
Temos novas cores disponíveis, com destaque para a opção azul céu metálico, que é bem bonito. O design está praticamente inalterado em relação ao modelo anterior, mantendo as dimensões compactas.
As telas Liquid Retina de 13 ou 15 polegadas continuam oferecendo 500 nits de brilho e ampla gama de cores P3, garantindo fidelidade cromática para profissionais criativos e uma experiência visual imersiva para consumidores comuns.
As duas opções de tamanho de tela (13 e 15 polegadas) mantêm-se como alternativas para diferentes perfis de mobilidade e uso.
O modelo de 13 polegadas, pesando apenas 1,24 kg, continua sendo uma das opções mais leves do mercado para notebooks com este nível de desempenho, ideal para profissionais que precisam de mobilidade extrema.
Já a versão de 15 polegadas, com seus 1,51 kg, oferece área de visualização maior sem comprometer drasticamente a portabilidade, atendendo usuários que realizam tarefas que se beneficiam de mais espaço na tela, como designers, programadores e analistas de dados.
Refinamentos estratégicos para atender novas demandas
A webcam melhorou para um sensor de 12 megapixels com tecnologia Center Stage, que já estava disponível no MacBook Pro. Como tem muita gente que usa o MacBook Air para trabalhar, é uma atualização bem-vinda.
A tecnologia de enquadramento central acompanha automaticamente os movimentos do usuário, mantendo-o sempre no centro da imagem, enquanto o recurso de visão de cima para baixo permite compartilhar documentos físicos com facilidade durante videoconferências, eliminando a necessidade de periféricos adicionais para estas tarefas específicas.
O sistema de áudio também recebeu atenção dos engenheiros de Cupertino, mantendo a configuração de quatro alto-falantes que entrega uma experiência sonora imersiva para um dispositivo tão fino.
O conjunto de três microfones com tecnologia beamforming complementa este sistema, captando a voz com clareza mesmo em ambientes com ruído moderado, uma característica particularmente valiosa para profissionais que precisam participar de reuniões virtuais em locais diversos como cafeterias ou espaços de coworking.
A bateria continua sendo um ponto forte desse tipo de notebook, prometendo até 18 horas de reprodução de vídeo, o que na prática se traduz em uma jornada completa de trabalho sem a necessidade de recarregar, mesmo com uso intensivo.
Na conectividade, sem muitas novidades: suporte ao padrão Wi-Fi 6E e Bluetooth 5.3 e duas portas Thunderbolt 4 para trabalhar com monitores externos de alta resolução, unidades de armazenamento ultrarrápidas e outros acessórios profissionais.
O sistema operacional macOS Sequoia complementa o pacote com novas funcionalidades de produtividade e uma interface refinada que aproveita ao máximo o poder do chip M4, com destaque para o Apple Intelligence (é claro).
Preço e disponibilidade
No Brasil, os preços iniciais são estes (sem considerar descontos ou promoções):
- MacBook Air com M4 de 13 polegadas: a partir de R$ 12.999
- MacBook Air com M4 de 15 polegadas: a partir de R$ 15.499
O novo MacBook Air (2025) já aparece no site da Apple Brasil, mas não tem previsão de início das vendas.
Considerando todos os upgrades e que estamos diante de um notebook da Apple, o seu preço é “aceitável” e surpreendente, inclusive aqui no Brasil.
O histórico da Apple é deixar os seus produtos mais caros a cada lançamento. Agora, entende que o MacBook Air tem que ter preço competitivo para os mercados emergentes, e para encarar uma concorrência dentro do segmento de ultrafinos que efetivamente existe.
A redução do preço no modelo base, combinado com os 16 GB de RAM de entrada, coloca o MacBook Air em posição muito mais competitiva frente aos ultrabooks Windows de alta performance.
A estratégia sugere um movimento calculado para expandir a base de usuários do ecossistema Apple, possivelmente com o objetivo de aumentar as receitas recorrentes provenientes de serviços como iCloud, Apple Music e Apple TV+, que têm representado uma parcela crescente dos lucros da empresa nos últimos anos.
O armazenamento continua sendo um ponto negativo do produto. A versão base ainda conta com modestos 256 GB, e você até pode configurar o produto para receber um SSD de 2 TB. Porém, diferente do que acontece com os ultrafinos com Windows, você é obrigado a passar pela bancada de assistência técnica autorizada da Apple, o que faz com que a conta fique cada vez mais cara.
É o grande problema de ter uma placa conjugada para todos os componentes em uma arquitetura proprietária. A Apple controla tudo com mão de ferro, e quem paga o preço por isso é o consumidor.
Na prática, o que a Apple faz é um “upselling”: oferece um preço de entrada “atraente” (e digo isso, porque ele só está menos caro) para obter as maiores margens de lucro em função dos upgrades no equipamento pelas necessidades específicas.
Vem funcionando para a Apple ao longo dos anos. Vamos ver até quando vai funcionar.
Ficha Técnica do MacBook Air M4
Tela
- Tela Liquid Retina de 13 ou 15 polegadas
- Brilho de 500 nits
- Ampla gama de cores (P3)
- Tecnologia True Tone
- Taxa de atualização de 60Hz
Dimensões e Peso
- Modelo de 13″: Altura 1,13 cm / Largura 30,41 cm / Profundidade 21,5 cm / Peso 1,24 kg
- Modelo de 15″: Altura 1,15 cm / Largura 34,04 cm / Profundidade 23,76 cm / Peso 1,51 kg
Processador
- Apple M4
- CPU de 10 núcleos
- GPU de 8 ou 10 núcleos
- Largura de banda de memória de 120 GB/s
Memória
- 16 GB até 32 GB
Armazenamento
- SSD básico de 256 GB
- Até 2 TB
Portos
- Duas portas Thunderbolt 4
Conectividade
- Wi-Fi 6E (802.11ax)
- Bluetooth 5.3
Webcam
- Câmera de 12 megapixels com enquadramento central e visão de cima para baixo
Áudio
- Sistema de quatro alto-falantes
- Conjunto de três microfones com tecnologia beamforming
Bateria
- Até 18 horas de reprodução de vídeo
Sistema Operacional
- macOS Sequoia
Preço
- A partir de R$ 12.999