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Todo streaming quer ser “a nova ESPN”

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Fato: toda plataforma de streaming quer se transformar na nova ESPN, e essa é uma tendência que vai se consolidar em 2025.

Apostar em transmissões esportivas é uma regra que está cada vez mais presente para o mercado de mídia e streaming, pois todas as plataformas já entenderam que o esporte é uma das poucas coisas que garantem o assinante dentro de um serviço, além de ser o tipo de conteúdo que garante a maior retenção do telespectador.

Praticamente todas as gigantes do setor contam com pelo menos um grande evento esportivo para chamar de seu, e até mesmo aqueles serviços que nunca consideraram como válida a possibilidade de exibir esportes mudaram de ideia, deixando o mercado diversificado.

Quem entra em desespero com tudo isso são as operadoras de TV por assinatura, que encaram esse movimento como mais um prego no caixão de um formato que está totalmente defasado e antiquado.

 

Os movimentos do streaming para ter os esportes

Um dos casos que melhor ilustra o quão importante se tornou o streaming para a transmissão dos eventos esportivos está no Brasil, com tudo o que aconteceu para definir as transmissões dos jogos do futebol brasileiro na temporada 2025.

No Campeonato Paulista, partidas importantes dos principais clubes do estado (São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians) já ficaram fora da TV aberta e fechada, sendo exibidas exclusivamente em plataformas digitais.

A descentralização dos direitos de transmissão é evidente, com jogos disponíveis em múltiplos serviços, incluindo Record, TNT/Max, YouTube/CazéTV e Paulistão+.

O Campeonato Brasileiro de 2025 seguirá esse caminho, indo além do Grupo Globo e alcançando Record, Prime Video e YouTube.

Por um lado, o torcedor tem mais opções gratuitas para assistir aos jogos. Por outro lado, aquele que quer acompanhar o seu time em todos os jogos terá que pagar mais caro que o Premiere para alcançar esse objetivo.

Com a fragmentação dos direitos, plataformas e emissoras enfrentam desafios como engajamento do público, comunicação sobre onde assistir a cada jogo e o combate à pirataria, que representa mais de 60% do consumo do Premiere.

E isso, considerando o fato que o Premiere hoje custa BEM MAIS BARATO do que no passado. É possível contratar o pacote de futebol no Globoplay por apenas R$ 29,90 mensais no plano anual combinado com o plano com Canais ao Vivo da plataforma de streaming.

Convenhamos: R$ 1 a mais por dia para ver (quase) todos os jogos do seu time na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro não é um valor tão absurdo.

Mas… ter o produto de graça é melhor do que pagar. “Se eu não pago nada, o desconto é bem maior”.

 

Os movimentos são similares no exterior

Os grandes serviços de streaming já estão imersos no universo esportivo, e não apenas no Brasil.

Globoplay, Paramount+, Max, Prime Video, R7, +SBT e Disney+ possuem direitos de transmissão ou produzem conteúdos esportivos.

Até mesmo a Netflix, que se pronunciou no passado contra a exibição de esportes na plataforma, abraçou de vez as transmissões de eventos esportivos ao vivo, e está se dando bem com isso.

Os casos da luta entre Jake Paul vs Mike Tyson (com mais de 60 milhões de usuários simultâneos), os jogos de Natal da NFL em 2024 (que atingiram 31,3 milhões de usuários) e as lutas semanais do WWE RAW são exemplos bem-sucedidos dos esportes na Netflix.

A estratégia da Netflix ainda foca no público dos Estados Unidos, especialmente na NFL. A empresa já afirmou que quer os direitos dos jogos de domingo da liga, apesar de ter negado interesse anteriormente.

E a empresa não para por aí: já adquiriu os direitos da Copa do Mundo FIFA Feminina de 2027 (no Brasil) e de 2031 (a ser anunciada), sem falar nas produções esportivas do canal, com séries e documentários focados em grandes personalidades esportivas como Ayrton Senna, David Beckham e Simone Biles.

E se você parar para pensar, o grande impulsionador da Netflix para apostar nos esportes ao vivo foi mesmo “Drive to Survive”, um sucesso inesperado, que causou tanto impacto, que mudou o comportamento dos fãs da Fórmula 1 ao redor do mundo, conquistando o público mais jovem, que é aquele que mais consome os serviços de streaming hoje.

A aposta nos eventos esportivos pode ser o futuro de muitas plataformas de streaming, e o fim de vez da TV por assinatura. Se a exclusividade das principais competições do planeta chegar ao modo online, é o fim da linha da TV paga tal e como conhecemos.

E até mesmo antecipando essa tendência, várias operadoras estão migrando de vez para o IPTV. Por ser menos caro, pela maior margem de lucro, e por ainda convencerem quem desistiu do cabo a voltar, apenas e tão somente pela experiência entregue.

Sinal dos tempos.

Sinais claros de mudanças a caminho.


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